O Centro Integrado Rio Anil (Cintra), escola da rede pública estadual, realizou na última semana o I Colóquio de Educação Patrimonial (CINTRANOT), que teve como objetivo envolver a comunidade escolar nas discussões sobre a base da educação patrimonial, com foco na cultura do pertencimento, onde o aluno se sente parte da comunidade escolar, da comunidade e da cidade onde vive.
Com a presença de vários convidados como professores/mestres da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), artistas locais e pessoas da comunidade do Anil, o evento também serviu para fornecer subsídios sobre o tema para a formação dos professores, a fim de fundamentar práticas de ensino significativas no projeto didático do Cintra, que este ano trouxe o slogan ‘Minha escola é patrimônio, por isso eu cuido’, uma forma conscientizar os estudantes da necessidade de preservar a escola e a sua história.
“O Cintra está passando por um processo de revitalização e isso precisa ser ‘ressignificado’ com os alunos para que eles percebam a importância do que é ter uma escola, que é patrimônio e precisa ser preservada, não só individualmente, mas coletivamente. O colóquio vem para fundamentar as ações de nossos professores com relação a patrimônio. Na semana pedagógica fizemos uma palestra de sensibilização com os professores, fomos elaborando a programação do projeto com articulação com a formação, discutindo o que é patrimônio imaterial, fornecendo esses subsídios ao professor, fizemos festivais de danças culturais com os alunos e vamos partir agora para a construção de uma proposta de exposição sobre a história da fábrica do Rio Anil e da escola Cintra para que os aluno possam perceber a importância disso como patrimônio”, enumerou Dayse Marinho Martins, coordenadora do projeto.
Durante os três dias foram realizadas palestras, mesas redondas e roda de conversa sobre vários temas. Dentro da perspectiva da Educação Patrimonial em Comunidade foram realizadas mesas redondas sobre ‘Política de patrimônio em São Luís’, ‘Anil: reflexões e perspectivas’, ‘Olhares de Saudade: resgate das memórias do SIOGE’. Na perspectiva Professor e aluno: Patrimônios da educação, foram trabalhadas palestras com as temáticas ‘O novo aluno e o novo professor: abordagem em projeto didático’, ‘Vida sim, drogas não: abordagem em projeto didático’, ‘Museu na escola: uma abordagem sobre ditadura militar no Brasil’, entre outros temas ligados as artes.
Os palestrantes convidados elogiaram a iniciativa da escola e envolver e estimular os professores a desenvolverem a cultura do pertencimento.
“Achei um projeto muito interessante de conscientização dos professores, pois eles são muito importantes nesse trabalho de educação patrimonial, assim como os pais são importantes para passar o valor do patrimônio para seus filhos, os professores são tão importantes quanto. Foi uma experiência inestimável poder falar com os professores sobre isso, tentar abrir um pouquinho o leque de informações, o quanto eles são importantes nesse processo e o quanto os órgãos públicos e a sociedade precisa dessa ajuda e apoio para que a gente consiga ter um futuro melhor e uma preservação mais firme e correta”, pontuou Amanda Moura Cruz, diretora do Departamento Histórico, Artístico e Paisagístico de São Luís.
“Esse momento é de suma importância porque de certa forma traz ‘pra’ gente algumas questões que não são de nosso dia a dia, e nos leva a conhecer mais sobre questões técnicas que envolvem o tombamento, patrimônio histórico, cultural e isso é importante ‘pra’ gente, porque nós vivenciamos nosso dia a dia de sala de aula e muitas vezes não temos esse contato. E o colóquio traz a possibilidade de democratizar essas informações, até ‘pra’ que a gente possa se sentir parte desse espaço e que se valorize cada vez mais esse espaço que tem tanto importância para nossa história”, disse Jarbas Maia Moura, professor de Geografia.
Mais fotos:
Fonte: Seduc
Fotos/Lauro Vasconcelos
GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO - Portal desenvolvido e hospedado pela SEATI