Nos últimos anos, o Governo do Maranhão tem investido fortemente na educação, de modo a melhorar a qualidade do ensino público do estado e, consequentemente, alavancar os índices educacionais. A melhoria do ambiente escolar tem sido uma das ações executadas para garantir mais conforto e comodidade a estudantes e professores que passam boa parte dos seus dias no ambiente escolar. Em São Luís, os avanços são notórios. Ao todo, 65 escolas da rede estadual já passaram por esse trabalho de requalificação, além cinco faróis do saber já entregues completamente revitalizados.
Somente na capital maranhense, 68.626 estudantes estão matriculados em 121 escolas da rede pública estadual, entre unidades de ensino regular e de tempo integral, como os Centros Educa Mais e Institutos Estaduais de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iemas). A reforma de 65 prédios representa que o Governo do Estado já chegou a mais da metade dos espaços escolares com trabalho de requalificação, beneficiando, diretamente, mais de 40 mil estudantes matriculados nesses espaços, além de centenas de professores e demais profissionais da educação.
O secretário de Estado de Educação, Felipe Camarão, ressalta que o volume de obras realizadas nas escolas da capital maranhense, por meio do Programa Escola Digna, reflete a intensidade do trabalho executado pelo Governo do Maranhão na educação maranhense.
“Já alcançamos 60% da rede estadual de educação com reformas e revitalizações efetivas, mas todas as demais escolas recebem serviços de manutenções constantes, que visam ajudar na conservação dos espaços escolares. 65 escolas entregues reformadas para suas comunidades, nos mais diversos bairros, refletem o compromisso do governador Flávio Dino. São obras que vão desde as escolas localizadas em bairros centrais, até aquelas que ficam na zona rural do município”, declarou o secretário.
Algumas dessas escolas reformadas funcionam em prédios históricos, a exemplo do Centro de Ensino Sotero dos Reis, escola da rede pública estadual sediada em um prédio quase centenário, na Rua São Pantaleão, no Centro Histórico de São Luís.
Após décadas de abandono, o prédio que no século XIX já foi o mais luxuoso cemitério de São Luís. Estava completamente deteriorado e apresentando riscos à comunidade escolar. As melhorias realizadas, além de conceder condições dignas para a comunidade escolar, representam, o resgate histórico e de preservação do espaço que guarda uma história cheia de riquezas e fatos que estão diretamente associados à história da capital maranhense.
“A infraestrutura escolar influencia muito no desenvolvimento dos alunos. Uma boa organização estimula o convívio entre eles e facilita o processo de aprendizagem. Antes era uma escola cheia de infiltrações, telhado comprometido, forro caído, salas sem portas e vidros quebrados, banheiros sem condições de higiene, carteiras quebradas e alunos e professores desmotivados. Hoje afirmo que temos uma escola digna”, disse a gestora Geral do CE Sotero dos Reis, Maria da Aparecida Batista.
Outros prédios centenários e tombados, que funcionam como escolas públicas na capital maranhense, também foram requalificados, dando ares novos e respeitando suas arquiteturas seculares.
Com 180 anos de fundação, o Liceu Maranhense é uma dessas escolas reformada pelo Governo do Estado. Com mais de R$ 3,6 milhões de investimentos, o prédio foi completamente requalificado, voltando a fazer jus à sua alcunha de Palácio da Educação, como popularmente é conhecido.
A estudante do 3° ano do Ensino Médio, Evelyn Aguiar admitiu: “Sonhamos muito com isso. A gente estava precisando, porque nossa escola realmente é uma escola de futuro e com essa reforma tenho certeza que tudo vai melhorar, além da infraestrutura, a nossa aprendizagem. Enfim, será importante para que a gente realmente venha ser preparado ‘pro’ mundo lá fora”, revelou.
O Centro Integrado Rio Anil (Cintra) é outra escola da rede pública estadual fundada em outro importante prédio histórico da capital maranhense onde no final do século XIX e início do XX funcionou a antiga Fábrica Têxtil Companhia de Fiação e Tecidos do Rio Anil. Com 12.558 metros de área construída, a reforma na escola teve todo cuidado para preservar importantes aspectos históricos e beleza arquitetônica do prédio secular. Outra grande novidade é que a partir de 2020 a escola abrirá suas portas para o ensino em tempo integral, como uma unidade do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema), que além de oferecer novas oportunidades de ensino para estudantes e comunidade geral, representa um resgate da vocação e da qualidade de ensino do Cintra.
“Nos sentimos muito gratos por hoje o Cintra estar nesse processo de transição para se tornar um Iema, que é um centro de referência. É como coroar a história do Cintra, que é uma escola que tem um impacto muito grande na comunidade do Anil e em bairros adjacentes. Agora poderemos ofertar cursos técnicos com mais qualidade para nossos estudantes e para a comunidade em geral, em um novo momento, uma nova história que estamos escrevendo em nossa escola”, destacou Olivar Junior, gestor geral do Cintra.
Educação em tempo integral
A educação integral é uma realidade no Maranhão e a Rede Estadual de Ensino deu um importante salto. Ao todo, já são 49 escolas em todo o Maranhão que ofertam ensino médio em tempo integral, por meio dos Centros Educa Mais e Iema’s. Em São Luís, 15 escolas em tempo integral já estão em pleno funcionamento, oportunizando aos jovens ludovicenses uma vivência escolar mais intensa, que estimula o protagonismo juvenil e a iniciação científica, com uma gama de disciplinas eletivas definidas a partir de temas escolhidos por estudantes e professores.
Um desses Centros fica localizado no bairro do Turu, no antigo Centro de Ensino Roseana Sarney, escola da rede pública que estava desativa, após a comunidade escolar ser retirada do local para uma reforma que foi abandonada pela empresa responsável, deixando o prédio completamente sucateado por vândalos.
Após ser completamente reconstruído, a escola se transformou no Centro Educa Mais Professora Estefânia Rosa, que devolveu a alegria para a comunidade local. “Vai muito além da reforma física, porque mexe com a nossa emoção. A gente vê o brilho nos olhos dos alunos, vê a alegria, a felicidade. Agora eu trabalho com dignidade”, declarou a professora Cássia Regina Silva Rodrigues.
“Doía ver esse prédio tão grande, sem nenhuma estrutura. Os alunos não tinham orgulho da escola. Recebemos um presente, a escola está linda, com salas climatizadas. Nós só temos a agradecer, porque a nossa escola foi reconstruída”, pontuou a gestora geral da escola, Claudiana de Sousa.
Outro modelo de escola em tempo integral é o Iema, que atualmente tem duas unidades em São Luís, sendo uma no centro e outra no Itaqui-Bacanga. Aproximadamente 800 estudantes estão matriculados nas duas unidades e tendo a oportunidade de cursar o Ensino Médio e se prepararem para o mercado de trabalho, por meio de cursos profissionalizantes oferecidos nas unidades.
Faróis do Saber
O trabalho de requalificação de espaços educacionais não parou por escolas. No município de São Luís, o Governo do Maranhão já reformou cinco Faróis do Saber, devolvendo a diversas comunidades espaços para a busca por conhecimento e ao prazer pela leitura.
O Farol do Saber Caminho da Liberdade, que estava abandonado dentro do Sistema Penitenciário, foi um desses espaços reformados. A nova biblioteca está proporcionando aos presos um espaço para a busca pelo conhecimento e a possibilidade de viajarem além dos muros que, atualmente, limitam suas liberdades, como conta Wellington Santos Lemos, que há 1 ano e 3 meses cumpre pena no sistema.
“Aqui dentro do presídio, eu desenvolvi o gosto pela leitura. Pretendo frequentar muito o farol agora que descobri que gosto de ler. Este espaço, também, nos ajudará no projeto Remissão pela Leitura, onde todo mês podemos pegar um livro para ler, fazer a resenha e defesa dele para uma banca, que nos avalia e pode nos oportunizar remir até quatro dias da nossa pena. Sem contar que a leitura nos ajuda a abrir a mente e adquirir mais conhecimento. O farol veio somar e só trazer coisas boas para gente”, declarou Wellington Santos.
Fonte: Seduc
Texto: Luana Müriella
Fotos: Lauro Vasconcelos e Antônio Martins
09/09/2019
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