Em celebração ao Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, a Secretaria de Estado da Educação do Maranhão (Seduc) reforça o compromisso com a valorização da ciência e da pesquisa na educação pública por meio da primeira edição da HackEPT, a Maratona de Inovação dos Centros Educa Mais. A iniciativa tem fortalecido a produção científica entre jovens da rede estadual, especialmente, no âmbito da Educação Profissional e Tecnológica (EPT).
A etapa final da maratona ocorreu no dia 25 de junho, no Centro Educa Mais Almirante Tamandaré, em São Luís, reunindo mais de 700 participantes, entre estudantes, professores e representantes de instituições parceiras como a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O evento promoveu um ambiente colaborativo de criação, experimentação e desenvolvimento de soluções inovadoras com impacto social.
Com foco em metodologias ativas, interdisciplinaridade e inovação alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e ao Plano Maranhão 2050, o HackEPT incentivou os estudantes a propor soluções para desafios reais da sociedade, usando ciência e tecnologia como ferramentas de transformação.
As 20 equipes finalistas, selecionadas em etapas remotas, apresentaram seus projetos durante a culminância do evento. A programação incluiu mentorias, workshops e palestras com especialistas em educação, tecnologia e empreendedorismo.
Segundo o subsecretário de Educação, José Antônio Heluy, que participou da culminância do evento e conheceu as experiências apresentadas, a maratona revela o potencial da educação profissional e o seu impacto na vida dos estudantes maranhenses.
“O HackEPT demonstra de maneira clara a inteligência, a criatividade e o espírito empreendedor dos nossos estudantes. Projetos como ‘Saúde na Palma da Mão’, ‘Afrolab’ e ‘SmartNap’ não apenas impressionaram pela inovação, mas também revelaram o enorme potencial que temos nas nossas escolas”, destacou.
“Esses resultados são fruto direto dos investimentos que o Governo do Estado, sob a liderança do governador Carlos Brandão, tem feito na educação. Quando proporcionamos estrutura, incentivo e oportunidades, os jovens respondem com protagonismo e soluções que dialogam com as reais necessidades da sociedade. O HackEPT é um exemplo concreto de como a educação pode ser transformadora, conectando conhecimentos, tecnologia e compromisso social. Estamos no caminho certo, e os nossos estudantes estão mostrando isso com maestria”, completou.
Soluções que inspiram
A maratona do HackEPT evidenciou a potência da juventude maranhense quando ciência, criatividade e compromisso social se encontram. Entre os projetos apresentados, três se destacaram por sua originalidade, relevância e capacidade de gerar impacto real em suas comunidades e foram reconhecidos e premiados.
Em primeiro lugar ficou o projeto Saúde na Palma da Mão, criado por estudantes do Centro Educa Mais Aniceto Mariano Costa, do município de Matinha, propõe uma solução tecnológica voltada à atenção básica em saúde, especialmente em regiões de difícil acesso ou com baixa cobertura digital.
A ideia central é um aplicativo gratuito e leve, capaz de registrar e monitorar dados de saúde dos moradores, permitindo que agentes comunitários acompanhem os indicadores de forma remota. O diferencial do projeto é a integração com uma pulseira digital que mede sinais vitais, como batimentos cardíacos, pressão arterial e oxigenação do sangue e opera, inclusive, em áreas sem internet, graças ao funcionamento offline com GPS. A proposta alia inovação tecnológica à promoção da equidade no acesso à saúde.
Na segunda colocação foi para o projeto do Centro Educa Mais Rosalino de Lima Martins, de Guimarães, intitulado AfroLab, destacou-se ao combinar sustentabilidade ambiental com inclusão social.
A iniciativa transforma resíduos orgânicos em produtos reaproveitáveis e de baixo custo, gerando soluções ecológicas que, ao mesmo tempo, fortalecem a autonomia de populações vulneráveis, especialmente negras.
Mais do que uma proposta ambiental, o AfroLab se apresenta como um modelo de negócio com impacto socioeconômico, fundamentado na economia circular, no reaproveitamento de materiais e em parcerias locais para viabilizar a produção e a distribuição dos itens desenvolvidos.
Já o terceiro lugar foi conquistado pelo Centro Educa Mais Cônego Nestor Cunha, de Santa Quitéria, com o SmartNap, um dispositivo multifuncional voltado ao setor de alimentação, com foco na modernização da experiência do cliente e na eficiência dos serviços.
O equipamento reúne funcionalidades como cardápio digital interativo, sistema de pedidos direto da mesa, pagamento por aproximação (via NFC), carregadores USB/tipo C e um botão higiênico para liberação de guardanapos.
A proposta responde a uma demanda atual por soluções que aliam tecnologia, praticidade e cuidados sanitários, sobretudo no contexto pós-pandemia, onde a redução do contato físico continua sendo um diferencial competitivo.
Esses três projetos demonstram como os Centros Educa Mais são espaços de ciência viva, onde os estudantes são protagonistas de soluções criativas, com base em dados, empatia e conhecimento técnico.
O HackEPT, ao estimular esse ambiente de inovação e protagonismo, reforça a missão da Seduc de formar jovens pesquisadores capazes de transformar suas realidades com responsabilidade social.
Fonte: Seduc
Fotos: Divulgação
08/07/2025
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