“A identidade de cada grupo, depende do que ele faz, do que ele produz, são as manifestações culturais que ele preserva, e isso não pode morrer”, disse Marcos Vinicius Cutrim, 16 anos.
“Aqui a gente pode ser ouvida de alguma forma, por alguma ideia ou forma de expressão como: dança, grafite, música. E ao mesmo tempo a gente pode expressar o que pensa sobre tudo isso. Acho muito bacana! A gente pensa: poxa, a gente também é importante e também tem voz”, enfatizou Erislaine Batalha, 16 anos.
Este foi o tom do debate sobre ‘cultura’ envolvendo os estudantes do CE Vinícius de Moraes, no bairro Divineia, na sexta-feira (21), durante a passagem da Caravana Estudantil. Entre as oficinas voltas para a temática cultural estavam as de dança, grafite, cultura e formação artística. Esta última ministrada por Jeová França, que levou os estudantes a discutirem e refletirem sobre as manifestações culturais dentro e fora da escola, o empoderamento, o sentimento de pertencimento e de identidade escolar.
A ideia é motivar a juventude para ser protagonista do fazer cultural que envolva a escola e a comunidade. “Eu digo para eles da necessidade de eles se motivarem para participar desse fazer cultural. A participação cidadã é mais forte e mais rica quando eles atuam na escola, no bairro, no grupo social a que pertençam. E é isto que nós estamos tentando fazer, com que eles despertem esse sentimento de poder ser, poder fazer!”, ressaltou Jeová França.
Na oficina de grafite o pátio interno da escola recebeu um painel colorido feito por estudantes, sob a coordenação dos oficineiros Gil Peniel e Gudo Soares, grafiteiros do grupo Vírus Urbano. “A gente, aqui, está trabalhando com eles um pouco desse conceito da cultura de rua que é o Hip Hop, e dentro desse universo o grafite, passado a ideia do que fazer e como fazer para que eles possam fazer de uma forma correta, usando o grafite como arte educadora”, explicou Gudo.
Os estudantes ficaram fascinados com a possibilidade de ter uma oficina de grafite. Para Edgar Araújo Lima, de 17 anos, foi fácil entender o conceito de grafite. “Grafite é uma forma de expressar a nossa arte, o nosso pensamento. E isto é muito bacana. Está sendo muito importante para gente receber essa Caravana Estudantil, e nos dá mais um conhecimento sobre grafite”, comentou Edgard.
Os alunos participaram, debateram e receberam a caravana de forma positiva. “Quando a comunidade se junta, quando os alunos se unem, em nome da cultura, a escola fica mais forte, a cultura fica mais forte e a gente aprende mais”, destacou Maria Eduarda Costa Rodrigues, 16 anos.
Na oportunidade foram realizadas, ainda, palestras, ações culturais e esportivas, além de rodas de conversas sobre temas atuais que envolvem os estudantes em debates sobre temas como protagonismo juvenil e participação social, gênero e diversidade.
“Todo o trabalho da caravana vem de encontro às atividades realizadas na escola. Com certeza vai somar muito”, ressaltou Déborah Medeiros, gestora do CE Vinícius de Moraes.
A “Caravana Estudantil: A juventude pede passagem”, foi criada pelo governo do Maranhão com a finalidade de ampliar a participação do estudante na escola e incentivar o protagonismo juvenil a partir do ambiente escolar.
Agenda
Na última semana a caravana percorreu as escolas: UI Joaquim Gomes de Souza (Cohab), Manuel Beckman (Bequimão), Rio Grande do Norte (Radional) e Gonçalves Dias (Bairro de Fátima). Até dezembro o projeto deve chegar a 32 escolas pólos das 19 Unidades Regionais de Educação (UREs).
A partir desta segunda-feira (24), a Caravana Estudanil reunirá estudantes do eixo Itaqui Bacanga no CE Profa Dayse Galvão Sousa (Av. Contorno, S/N, bairroVila Embratel). Na terça-feira (25), será a vez CE Benedito Leite (Centro) e na quarta-feira (26) no Caic Ribamar, em São José de Ribamar.
Fonte: Seduc
Fotos/Lauro Vasconcelos
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