“Essa é uma das reuniões mais importantes e urgentes, por vários motivos: o principal deles é o fato de que o Brasil tem uma dívida histórica com os povos indígenas, com a educação dos povos indígenas. Como professora que sou, como cidadã brasileira que sou, tenho o dever moral de buscar soluções para as questões da educação indígena. O meu compromisso vai além do cargo. É um compromisso de quem sabe o que é deixar sua terra para por falta de estrutura para estudar”, disse a secretária.
Na reunião, os indígenas apresentaram uma pauta com demandas da educação em suas aldeias, entre elas: reforma, ampliação e conclusão de obras de construção de prédios escolares; formação continuada para professores indígenas; realização de seletivos e renovação de contratos de professores para escolas das aldeias, transporte escolar, alimentação escolar, dentre outros assuntos.
“A gente veio trazer as demandas para ter um resultado que a gente espera. A gente veio com a secretária, a nova gestora, para ver se a gente pode suprir as nossas necessidades das nossas comunidades, principalmente das nossas escolas”, disse Gerson Pereira Guajajara, cacique da Aldeia Novo Planeta.
Professor Flauberth Rodrigues Sousa Guajajara apresenta panorama da estrutura física de algumas escolas indígenas da região.
“É um momento de abertura de diálogo, que a gente tem a oportunidade de trocar experiências, falar um pouco do que é feito nas escolas indígenas. Então, ter essa oportunidade de passar isso para o chefe maior da educação, que no caso é a secretária, é uma oportunidade de aproximação”, destacou Flauberth Rodrigues de Sousa Guajajara, professor e diretor adjunto da CEEI Januário.
“Estamos encaminhando todas essas demandas e vamos buscar soluções. Algumas podem ser resolvidas de imediato, como pendências de alimentação escolar. Outras estamos encaminhando a articulação a outras secretarias e ao próprio governador Carlos Brandão, que é sensível às causas sociais, das diversidades. Queremos e vamos batalhar para levar mais qualidade à Educação Indígena”, declarou a secretária.
Avanços na Educação Indígena
Mesmo com a convicção de que muito ainda precisa ser feito, nos últimos oito anos, o Governo do Maranhão implementou várias ações com foco na melhoria da Educação Indígena nas 16 Terras Indígenas do Maranhão, como construção de Escolas Dignas, formação continuada para os professores indígenas e a criação do Curso de Licenciatura do Magistério Indígena na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), uma conquista histórica. Também na área da educação, foi garantido apoio ao transporte escolar para comunidades indígenas. Outro importante avanço foi a reativação do Conselho de Educação Escolar Indígena no Maranhão.
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