Com a intenção de estimular a produção textual dos alunos da rede pública de ensino e debater a sustentabilidade socioambiental, o Concurso Escolas Sustentáveis, realizado pelo Governo do Estado e pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), foi muito além da proposta inicial. A cerimônia de premiação ocorreu na tarde desta quinta-feira (16), no Fórum Desembargador Sarney Costa, com a presença do governador Flávio Dino, reunindo os ganhadores do concurso. O clima foi de euforia, recaindo sobre os alunos o sentimento de incentivo à produção textual e literária, e também no sentimento de colaboração com a comunidade em que estão inseridos e com o mundo.
O governador Flávio Dino destacou que o Concurso se fez importante pelo desafio da escrita, pelo aprimoramento do processo educacional em cada escola, mas, acima de tudo, por essa dimensão concretamente transformadora com a temática da proteção ambiental. Para além dos premiados, o governador ainda parabenizou todos os que participaram do Concurso.
“Se faz mudanças profundas com obras e investimentos, com concreto, com cimentos, com atitudes, com limpeza dos rios, lagos e cuidando das praias, mas se faz mudanças, sobretudo, no longo curso do tempo, transformando consciências. E uma iniciativa desse caráter educativo, em parceria com o Poder Judiciário e com a Secretaria de Educação mobilizando as escolas, professores e alunos, representa essa ideia, que são as estratégias para conseguir que haja mais reflexão sobre temas de grande importância sobre a questão ambiental, e com isso haja um engajamento transformador na realidade de cada município e cada escola”, defendeu o governador Flávio Dino.
A parceria entre a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e a Vara de Interesses Difusos e Coletivos do Termo Judiciário de São Luís, Comarca da Ilha, resultou na premiação de 33 participantes: 11 alunos, 11 coordenadores de projetos e 11 gestores escolares de 18 escolas em 12 Unidades Regionais de Educação (URE’s). Foram disputadas duas modalidades: projeto e produção textual envolvendo as categorias poema – para alunos do Ensino Fundamental; e texto dissertativo-argumentativo – para alunos do Ensino Médio.
O juiz da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, Douglas de Melo Martins, esteve na cerimônia de premiação e defendeu a necessidade de eventos como este para entender o papel não punitivo, mas educativo da Justiça. “É a consciência de que não são apenas as sentenças judiciais que resolvem os problemas do meio ambiente. A mudança mesmo só vamos ter se as pessoas se conscientizarem de que cada um de nós tem a sua contribuição a dar para que nós tenhamos um meio ambiente equilibrado. E esse exemplo é o que esse alunos, professores e gestores da educação estão nos dando hoje”, apontou o juiz.
O secretário de Estado de Educação, Felipe Camarão, também compreende que o estimulo à produção textual sobre temas fundamentais para a sociedade ajudam a mudar o olhar de todos que compõem a rede de ensino. “Uma parceria frutífera entre o Poder Executivo Estadual e o Judiciário, que já estão fazendo a segunda premiação em menos de seis meses. Ano passado, fizemos uma premiação para redações sobre combate a corrupção, agora sobre textos, poemas e projetos relacionados à preservação de meio ambiente, e com isso nós queremos despertar a consciência dos nossos alunos e alunas, comunidade escolar, pais e gestores, para as questões de cidadania, trabalhando temas transversais”, informou Felipe Camarão.
Premiados
A Comissão Julgadora Estadual do Concurso Escola Sustentáveis selecionou 11 projetos e 11 textos finalistas, sendo dois na categoria poema e nove na categoria texto dissertativo-argumentativo, contemplando escolas das redes municipal e estadual. No total, foram distribuídos R$ 38,5 mil em prêmios: R$ 2 mil para cada gestor da escola onde o projeto foi desenvolvido, R$ 1 mil para o professor/coordenador de cada projeto e R$ 500,00 para cada estudante autor de textos vencedores do concurso.
A estudante da rede estadual de ensino de Santa Helena, Vanessa de Jesus, recebeu prêmio pelo texto que fez e acredita que foi um passo importante rumo a um futuro diferente do que antes almejava. “Serve de incentivo, porque com esses textos aguça nossa vontade de querer aprender cada vez mais e de querer produzir e de querer descobrir um mundo em forma de texto, de desvendar as palavras, e é muito bom para nossa comunidade, porque a gente se via sem perspectiva e agora queremos e devemos batalhar por algo melhor”, alertou a aluna.
Já o professor de ensino médio de Chapadinha, Jânio Rocha, acredita no papel transformador na vida dos alunos. “O projeto estimula o protagonismo desses jovens, eles se sentem mais ativos na participação das decisões da escola, principalmente com temas sociais. Tratamos sobre a sustentabilidade socioambiental e isso trouxe uma boa visão de participação sobre esses jovens que não vão para escola apenas para ter conhecimento teórico, mas para exercer a cidadania na prática”, destacou o professor.
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Fonte: Secap
Fotos/Gilson Teixeira
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