A primeira Formação Continuada em Educação Escolar Quilombola no estado do Maranhão, promovida pelo Governo do Estado nesta semana, foi avaliada positivamente pelos professores que atuam em escolas quilombolas de ensino médio da rede estadual de ensino. A capacitação atende uma antiga reivindicação dos educadores.
“É um momento histórico no estado do Maranhão, pela luta que sempre tivemos por uma educação quilombola de qualidade. Hoje estamos vendo um resgate da nossa cultura por meio dessa formação, que chegará aos alunos do Ensino Médio nessas comunidades. É uma iniciativa positiva do Governo do Estado”, enfatizou Eliane Cardoso Santos, gestora de política de igualdade racial de Itapecuru, uma das regiões com maior concentração de comunidades quilombolas do estado.
A gestora Ana Leia Moraes Martins, do Centro de Educação Quilombola Patrício da Cunha Costa, localizado no município de Brejo, avaliou a formação. “Antes assumíamos a gestão das escolas sem nenhuma capacitação, hoje, o Estado está preocupado em oferecer uma educação quilombola de qualidade e que aprimore a aprendizagem dos alunos”, apontou.
A ação visa balizar a educação escolar quilombola oferecida no Maranhão nos saberes tradicionais, nos acervos orais, nas características históricas, étnicas e culturais das comunidades quilombolas em que essas escolas estão inseridas e/ou das comunidades das quais os estudantes são oriundos, conforme preceituam as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica.
“A formação tem três módulos e nesse primeiro módulos estamos trabalhando a partir do princípio de que a África é o berço da humanidade, para assim que chegarmos até os quilombos no Maranhão, para que o professor possa compreender como se dá processo de formação de identidade no estado”, destacou a Supervisora de Educação Escolar Quilombolas e de Educação para as Relações Étnico-Raciais da Seduc, Marinildes Martins.
A consultora do Ministério da Educação, Edileuza Penha de Souza, realçou que a formação na área é essencial para os educadores que atuam em escolas quilombolas. “A gente acredita que professores capacitados com a temática étnico-racial e, consequentemente, em educação escolar quilombola, poderá levar para a sala de aula uma educação mais ampla, valorizando as especificidades de cada comunidade”, ressaltou.
Esta etapa da formação segue até o dia 22 (sexta-feira), culminando com a web conferência, sobre a “História e Cultura Negra Brasileira e Maranhense: diversidade e pluralidade”, que acontecerá, às 8h no auditório do prédio da UEMANET.
As próximas etapas serão realizadas entre no período de 16 a 20 de outubro e de 6 a 10 de novembro.
Fonte: Seduc
Fotos/Lauro Vasconcelos
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