Reportagem do portal Brasil de Fato publicada nesta quarta-feira (7) mostra os resultados que estão sendo alcançados pelo programa Sim, Eu Posso!, do Governo do Maranhão. A primeira fase alfabetizou 7 mil jovens e adultos. Na segunda etapa, em execução, são mais 20 mil pessoas aprendendo a ler e escrever pela primeira vez na vida.
O texto diz que o programa, inspirado em um modelo cubano voltado para jovens, “tem mudado a vida de trabalhadores urbanos, sem-terra, quilombolas e indígenas”.
Os índices de analfabetismo no Maranhão são resultado de décadas de exclusão e desigualdade, quando a educação não era prioridade. Desde 2015, a gestão Flávio Dino tem feito esforços e avanços em todas as áreas educacionais do poder público.
A reportagem ouve diversos participantes do programa, como a dona de casa Doralice dos Santos Oliveira, que tinha 53 anos, mais de 40 deles trabalhados na agricultura, quando foi apresentada ao mundo das letras.
“Quem não sabe ler nem escrever, vive no mundo só pra dizer que está vivendo, mas não sabe de nada. É como se estivesse no escuro, entendeu? A gente vê as coisas, mas não sabe o que é”, diz Doralice.
Orgulho
O Brasil de Fato conta que o projeto percorre assentamentos, aldeias e outras comunidades e alcança gente como o aposentado Raimundo Neves Ferreira, de 62 anos. “Todo dia, quando cai a noite, lá está ele na sala de aula, que tem o próprio filho dele, Erasmo, como professor. Um orgulho para o aposentado, que, na mesma turma, ainda senta ao lado de outros seis membros da família. Ele conta que o ambiente serve de inspiração para o aprendizado”, diz a reportagem.
Ferreira conta que “praticamente eu não sei de nada, mas tenho a vontade de aprender. Eu não sabia escrever nome nenhum, nem número. Hoje, pelo menos o meu nome, eu já sei”.
O portal acrescenta que o método do Sim, Eu Posso! foi adotado em vários países e chegou ao Brasil por iniciativa do MST.
A reportagem conta ainda que “o método consiste basicamente na associação entre números e letras. A combinação é uma forma de tornar o aprendizado mais fácil, uma vez que mesmo a população analfabeta tem conhecimentos básicos de matemática”.
Fonte: Secap
Data: 08/02/2018
Fotografia: Leonardo Milano/Mídia Ninja
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