A educação do Maranhão fez um grande percurso nos últimos três anos e dez meses. Refletindo, remetemo-nos às grandes navegações e à investida portuguesa para lançar-se além-mar e, claro, ao trabalho de preparação e investimento materializado na Escola de Sagres: os estudos, as investigações, a cautela, a dedicação em conhecer, de forma profunda, algo tão grandioso e imponente como o mar, mas, junto a isso, a coragem dos lusitanos suportada na técnica e na decisão política de ir além. Com essa essência desenvolveu-se o Programa Escola Digna, nascido da clareza sobre gestão e convicção política do governador Flávio Dino.
Diante da necessidade de uma rede estadual com mais de mil escolas, 354 mil estudantes e 31 mil docentes, bem como a importância de reunir os gestores municipais em torno da construção de um território pela educação, várias agendas foram implementadas e seguem em execução, em um movimento singular, que colocou a educação como epicentro das políticas públicas no Maranhão, como destacou o professor Nazeldo Cruz, no 6º Encontro Estadual do Programa Escola Digna, em reconhecimento à ação da Secretaria de Estado da Educação, junto aos municípios, com a construção de escolas, formação de profissionais e indução de programas complementares, que têm fortalecido as gestões municipais. “De forma inédita, temos um programa que cumpre agenda na educação, tudo o que foi planejado, foi cumprido. Tenho 26 anos na rede estadual e, pela primeira vez, vejo o Regime de Colaboração entre o Estado e os municípios acontecer”, afirmou.
O depoimento é um reconhecimento da ação da Secretaria de Estado da Educação junto aos municípios, que se revela em dados significativos, como a presença do Escola Digna em 125 municípios, a formação de 30.468 profissionais (gestores escolares, coordenadores pedagógicos e técnicos das SEMEDs), a distribuição de material didático estruturado e a ampliação do atendimento às crianças de 04 e 05 anos, alcançando a cobertura de 97% da população, nessa faixa de idade, conforme o Relatório de Monitoramento do Plano Nacional de Educação, divulgado no primeiro semestre deste ano.
No Ensino Médio, a premissa do ‘Escola Digna’ foi reconhecer a juventude maranhense no processo educativo, estimulando sua participação nas decisões da escola, considerando seus sonhos, perfis e projetos de vida para desenhar uma gestão com foco na aprendizagem. Nesse contexto, destacam-se as escolas em tempo integral, inéditas no estado e a requalificação das escolas com reformas, manutenção e adequação de outros espaços, como bibliotecas e laboratórios.
Nesse processo, partimos das Escutas Pedagógicas com docentes, gestores e estudantes para a construção de uma agenda pautada na organização do currículo, com a distribuição de 28 mil cadernos curriculares; cumprimento dos dias letivos; formação para mais de 10 mil profissionais, com destaque para as áreas de avaliação educacional, educação indígena, do campo, quilombola, inclusiva e de jovens e adultos; realização de avaliação diagnóstica, simulados e aulões do ENEM e no acompanhamento da aprendizagem dos estudantes.
São esses elementos que irão subsidiar o planejamento dos próximos anos, alicerçado no fortalecimento do Regime de Colaboração e do Ensino Médio, com vistas à garantia de uma política educacional voltada à aprendizagem.
Na colaboração com as redes municipais, o ‘Escola Digna’ ganhará o reforço do Pacto pela Aprendizagem, com o aporte de material pedagógico estruturado, oferta de formação e intervenção na rede física e acompanhamento de metas para elevação dos índices educacionais.
Como inovações para o Ensino Médio, instituiremos o Sistema Maranhense de Avaliação Educacional; seguiremos com a expansão e aprimoramento das escolas de tempo integral; oferta de formação continuada, alcançando todas as áreas de conhecimento; melhoria da rede física e valorização dos profissionais da educação, marcas desta gestão.
Certos de que, em terras maranhenses, temos grandes educadores e educadoras, que reconhecem, como Aristóteles, em seu Ética a Nicômaco, que “uma andorinha só não faz primavera”, temos reunidos milhares que lutam diariamente nas escolas por um futuro melhor para nossas crianças, jovens e adultos. Assim, o Maranhão seguirá construindo uma educação pública de qualidade, contrariando aqueles que mataram algumas rosas, mas que não conseguiram deter a primavera do Programa Escola Digna!
Felipe Costa Camarão
Professor
Secretário de Estado da Educação
Membro da Academia Ludovicense de Letras e Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
Nádya Christina Guimarães Dutra
Pedagoga
Mestranda em Educação
Secretária Adjunta da SEDUC e Coordenadora do Fórum Estadual de Educação do Maranhão
21/10/2018
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