1/12/2019 7:50 am

Artigo – Escola Digna e Bilíngue

Secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão

Secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão

O primeiro Centro de Ensino bilíngue na língua inglesa da Rede Pública Estadual do Maranhão já é realidade. Demos início ao processo seletivo interno para a lotação de professores na escola e a previsão é de que, nos próximos dias, seja divulgado o resultado final. Além disso, o planejamento para o funcionamento, em 2020, segue o cronograma estabelecido. Mais um marco do governo Flávio Dino na educação do Maranhão.

Com a implantação da escola bilíngue, o Governo do Estado demonstra seu compromisso com a justiça social e o combate às desigualdades, ao garantir acesso ao ensino bilíngue na língua inglesa àqueles que têm a educação como único caminho para um futuro digno.

Cabe ressaltar que o Maranhão segue o que determina o Art. 210, parágrafo 2º da Constituição, que assegura às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem, além do ensino em língua portuguesa, no Ensino Fundamental. Por outro lado, ademais das escolas indígenas, o ensino bilíngue não é obrigatório, mas uma decisão de governo, de quem considera a educação como prioridade máxima na gestão pública. Isso é promover cidadania com a democratização do ensino de idiomas na rede pública escolar.

A escola bilíngue amplia a carga horária de Língua Inglesa e, também, possibilita a aquisição do novo idioma por meio da experimentação e vivência da língua. Estudos científicos evidenciam que as pessoas bilíngues têm vantagens no mercado de trabalho, em situações sociais e, ainda, biologicamente. Foi o que o constatei no período em que fui professor de Inglês – no início da minha carreira docente, aos 16 anos. O estímulo mental amplia a capacidade de armazenamento de memória, retarda a deterioração intelectual, melhora a seleção de informações relevantes, a resolução de problemas e facilita a execução de múltiplas tarefas e outros inúmeros benefícios.

No Maranhão, iniciaremos a escola bilíngue na língua inglesa com oferta de ensino para crianças na fase de alfabetização e letramento, em virtude dos benefícios da aquisição de duas ou mais línguas na tenra idade, atestados pelos estudiosos da temática, tais como:   Lennenberg (1967), que define a faixa etária de 2 e 14 anos, como idade crítica para aquisição de outra língua; Kramer (2005), que indica o período entre 5 e 10 anos, como as idades nas quais o cérebro está maleável para permitir a aprendizagem de outra língua mais facilmente; e Chomsky (1965), que aponta a linguagem como um processo natural do desenvolvimento humano, desde que seja exposto ao idioma.

O Centro de Ensino Integral Bilíngue John Kennedy Jr proporcionará às crianças, em fase de alfabetização, uma jornada de 24 horas semanais de atividades lúdicas na Língua Inglesa, em um espaço de imersão, onde poderão vivenciar atividades culturais em outro idioma, tornando a aprendizagem natural e prazerosa, sempre em conformidade com a Base Nacional Comum Curricular.

Ao idealizar a primeira escola bilíngue da rede, inclusive, como promessa de campanha para o segundo mandato, o governador Flávio Dino vislumbrou, além do ensino público de uma língua estrangeira, a abertura de uma janela de oportunidades à formação de cidadãos conectados em uma sociedade cada vez mais globalizada e capazes de ser protagonistas e escolher seu futuro.

Com essa primeira escola pública bilíngue na língua inglesa, demos o primeiro passo no degrau em uma escalada que, posteriormente, poderá agregar à rede outras escolas do mesmo modelo e até em outras línguas, como a espanhola e a francesa, esta última, diga-se de passagem, pela proximidade histórica e cultural que temos, uma vez que os franceses foram os fundadores da nossa bela São Luís.

A educação maranhense dá um salto em qualidade social, ultrapassando, mais uma vez, os limites impostos pelas décadas de atraso e dos baixos indicadores. Avante, educação!

Felipe Costa Camarão
Professor
Secretário de Estado da Educação
Membro da Academia Ludovicense de Letras e Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
01/12/2019

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