Com o tema ‘Valorização e Representatividade’, o C.E. Bacelar Portela, escola da Rede Estadual de Ensino, apresentou nesta quinta-feira (24) a culminância do projeto ‘Zumbi dos Palmares’, que é parte do projeto pedagógico de ‘Conscientização Racial’.
O projeto foi realizado pela primeira vez no ano passado com a participação das turmas do 2º ano do Ensino Médio. Este ano, todas as turmas dos três turnos, envolvendo mais de 1.300 estudantes, aderiram à ideia, transformando a escola num grande palco de discussões sobre o papel do negro na sociedade.
“Inicialmente o tema era trabalhado pela disciplina Sociologia. Hoje, abrange as demais disciplinas num contexto de interdisplinalidade. A proposta é envolver os alunos numa discussão mais ampla sobre o negro. Falamos de racismo, preconceito, mas, principalmente das contribuições que os negros deram e dão para a construção da sociedade brasileira, para a sociedade maranhense em todas as áreas”, enfatizou a professora de Sociologia e coordenadora do projeto, Luzandra Gama Diniz.
“O objetivo é despertar entre os estudantes a conscientização sobre a problemática do racismo no nosso Estado e no nosso país. Racismo é crime e faz mal para todos nós, independente da cor”, destacou o professor Sisidino Assunção, gestor geral da escola.
Durante todo o dia foram apresentadas várias atividades, como: danças-afros, danças folclóricas, capoeira, desfiles de turbantes, concurso Beleza Negra, peças teatrais com a temática do racismo, performances musicais e dramatizações de textos consagrados que falam de escravização do negro no país, como o poema ‘Navio Negreiro’, um dos mais conhecidos poemas da literatura brasileira, escrito por Castro Alves, em 1868, quase vinte anos depois da promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico de escravos.
Alunos da turma 204 apresentaram uma exposição sobre o “Quilombo dos Palmares”, que é o mais antigo do Brasil e é referência no país inteiro. Apresentaram, também, a peça ‘Vista a minha cor, sinta a minha dor”, que traz no enredo a inversão de várias situações de racismo, onde brancos são alvo de piadas preconceituosas praticadas por negros; policiais negros maltratam jovens brancos e assim por diante. “A gente quer chamar a atenção para a igualdade. E mostrar para o branco o que é sofrer racismo”, disse Ingrid da Costa, de 16 anos.
Em vários estandes, alunos fizeram exposição de trabalhos que são resultado de pesquisas desenvolvidas durante o ano. Um dos estandes mais disputados era o de culinária que trouxe vários pratos de origem africana que hoje fazem parte da culinária brasileira.
As paredes da escola se transformaram em um grande mural com painéis com fotos e textos convidando a comunidade estudantil para refletir sobre a temática e formar uma ‘Conscientização Racial’.
Fonte: Seduc
Fotos/Lauro Vasconcelos
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