O Projeto Eu & Ela: Repensando Gênero, uma iniciativa da Defensoria Pública do Estado do Maranhão em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria de Acesso à Justiça (SAJU), teve sua culminância na manhã de quinta-feira (29/08), no Centro de Ensino Dorgival Pinheiro de Sousa (URE-Imperatriz).
No projeto, os estudantes desempenharam o papel de protagonistas, assumindo o desafio de discutir questões de gênero de maneira criativa e engajada. Sob a orientação da professora de Língua Portuguesa, Rejane Ribeiro Maia, eles expressaram suas vozes e criatividade por meio da produção de um podcast e de um curta-metragem.
O Projeto Eu & Ela: Repensando Gênero tem como objetivo principal promover ações de proteção para mulheres e meninas, bem como combater e prevenir a violência doméstica e moral no ambiente escolar, focando nos adolescentes do Ensino Médio. Além de ser implementado em Imperatriz, o projeto também foi realizado na cidade de Santa Inês.
Os profissionais da Defensoria Pública presentes a este momento de socialização do Projeto Eu & Ela, no CE Dorgival Pinheiro foram: Defensora Maiele Morais Veras (coordenadora geral), Defensor João Paulo (coordenador local de Imperatriz), psicóloga Patrícia Oliveira (coordenadora técnica), assistente social Yasmin Pereira (coordenadora técnica), Maria dos Reis (assistente social) e Iana Freitas (psicóloga).
“A temática de gênero é de extrema importância nas escolas, pois é necessário abordar essas questões desde a base. A violência contra a mulher, incluindo a violência moral, não pode mais ser tolerada. Esse trabalho é fundamental não apenas para as meninas, mas também para os meninos, para que os homens se tornem aliados no combate a todos os tipos de violência contra as mulheres,” declarou Maiele Morais, defensora pública da Execução Penal de São Luís e coordenadora geral do Projeto Eu & Ela: Repensando Gênero. Ela acrescentou: “Além disso, o projeto é um importante instrumento de conhecimento e empoderamento para essas meninas, proporcionando-lhes a capacidade de reconhecer situações de violência e agir preventivamente. Assim, elas podem interromper um relacionamento abusivo desde o início, evitando que a violência, ainda em menor escala, evolua para formas mais graves, como a violência física e suas consequências.”
“Não há nada mais emblemático do que abordarmos a temática da violência doméstica e de gênero no mês em que a Lei Maria da Penha completa 18 anos. Essa lei foi um marco civilizatório em nossa sociedade. Precisamos constantemente repensar as questões relacionadas à violência contra a mulher, que tanto nos aflige e continua a nos assolar. Este é o momento ideal para refletirmos sobre o tema,” destacou João Paulo, defensor público de Execução Penal de Imperatriz. Ele complementou: “O Projeto Eu & Ela atua em duas frentes: nas unidades prisionais, com aqueles que já cumprem pena e se envolveram em situações de violência, e nas escolas, com os jovens, para que possam se tornar multiplicadores desse conhecimento sobre violência de gênero em suas famílias e comunidades. Dessa forma, esperamos evoluir como sociedade, para que, em alguns anos, não seja mais necessário discutir esse tema.”
“Que todos nós possamos sair daqui mais conscientes, reflexivos e comprometidos em construir uma sociedade mais justa, onde a violência moral seja cada vez mais combatida e eliminada de nosso convívio,” enfatizou Iana Freitas, psicóloga da Defensoria Pública.
A Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA), por meio deste projeto, busca se aproximar da comunidade escolar e da sociedade, promovendo a Educação em Direitos Humanos e oferecendo aos estudantes e às escolas mecanismos de prevenção e conscientização. A Defensoria Pública atua como um importante instrumento de proteção às mulheres e, em Imperatriz, conta com o Núcleo da Mulher e População LGBTQIA+ e o Núcleo de Proteção à Infância e Juventude, que podem ser acionados em casos de violação desses direitos.
Além disso, recentemente, em 14 de agosto, foi inaugurada a Casa da Mulher Maranhense, um espaço dedicado ao acolhimento e atendimento de mulheres vítimas de violência, na Região Tocantina. A casa oferece suporte à população, com a presença de um defensor público que atua diretamente na defesa e promoção dos direitos dessas mulheres.
Texto Fotos: Aparecida Marconcini
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