A 12ª edição do Winter Challenge divulgou, na quarta-feira (13), a classificação final dos 476 robôs que disputaram nas seis categorias do evento. Os estudantes maranhenses, que formam a equipe Craft (Construtores de Robôs Aramenses Fazendo Tecnologia), foram classificados na 13ª posição da classe Hobbyweight 5.4 kg, entre os 38 robôs inscritos.
O Winter Challenge é um dos maiores eventos mundiais do segmento de robótica, que promove uma competição entre robôs e contou com a participação de equipes de todo Brasil e de vários países da América Latina. A equipe Craft foi a única participante do Nordeste composta por estudantes da educação básica e a única equipe formada por alunos da rede pública estadual. A competição, que contou com equipes de todo o Brasil, em sua maioria é formada por estudantes de engenharias, mestres e doutores da área.
A Craft é composta por Lismael Silva Sousa, de 16 anos; Wesley Santos de Sousa, de 15 anos; e Rodrigo de Oliveira Santos, de 16 anos, estudantes do Centro de Ensino Bem Ony Gomes, escola da Rede Estadual de Ensino, localizada no município de Arame.
Os estudantes, acompanhados de dois professores do Estado, viajaram na quarta-feira (6) para São Caetano do Sul (SP), com o apoio do Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que custeou as passagens aéreas e estadia da equipe.
Como surgiu o robô
Tudo começou quando o estudante Lismael Silva Sousa, atualmente com 16 anos, resolveu fazer uma pesquisa sobre robótica e foi desenvolvendo o interesse pela área. O robô que foi batizado por Kepler 186f, começou a ser desenvolvido em 2014, quando Lismael cursava o 1º ano do ensino médio. Como sozinho não conseguiria arcar com os custos do projeto, juntou-se com os estudantes Wesley Santos de Sousa (2° ano) e Rodrigo de Oliveira Santos (3° ano) e então fundaram a equipe Craft.
“Apoiar iniciativas deste nível representa estimular o protagonismo juvenil e elevar a autoestima dos nossos alunos. Estes estudantes desenvolveram um trabalho espetacular de iniciação científica, e o Governo do Estado não poderia deixar de ser apoiador. Queremos fomentar cada vez mais o interesse pela ciência e pesquisa nos espaços escolares”, enfatizou o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão.
O que são robôs de combate
Robôs de combate, também conhecidos como robôs de guerra, são especialmente desenvolvidos para lutar com outros robôs, testando a resistência, durabilidade e criatividade de seus inventores. A guerra de robôs já é realizada nos Estados Unidos e Grã Bretanha há muitos anos, e, em 2002, chegou ao Brasil.
Estas máquinas são basicamente compostas por rodas ou pernas, motores de acionamento para locomoção e armas, baterias, transmissão mecânica, circuitos de controle dos motores, circuitos receptores, sensores (no caso de robôs autônomos ou semiautônomos), e a parte mecânica, composta de chassis, blindagem e armas, sendo também usados pistões pneumáticos e hidráulicos, dependendo do projeto.
As regras e robôs foram se aprimorando até hoje, podendo, atualmente, ser divididos em categorias de peso máximo: Antweight (1 Lb ou 453g), Beetleweight (3 Lbs ou 1,36Kg), Hobbyweight (12 Lbs ou 5,44Kg), Featherweight (30 Lbs ou 13,6Kg), Lightweight (60 Lbs ou 27,21 Kg), Middleweight (120 Lbs ou 54,4 Kg), Heavyweight (220 Lbs ou 99,79 Kg) e Super Heavyweight (340 Lbs ou 154,22 Kg).
Fonte: Seduc
Texto: Luana Müriella
Fotos/Lauro Vasconcelos
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