Estudantes do Centro de Ensino Maria Mônica participaram, nesta terça-feira (22), de uma aula diferente, cujo tema principal foi “A cor do tambor na batida do tambor”. Trata-se do projeto idealizado por ex-alunos da escola, que se tornaram pesquisadores da consciência negra e das relações étnico-raciais em diversos campos da ciência.
A escola foi toda preparada para receber o projeto. Nos corredores, fotos de personalidades negras que ficaram esquecidas na história do Brasil e também aquelas com notoriedade neste século, além do som de músicas afro-brasileiras. No auditório, centenas de alunos se reuniram para assistir as palestras sobre temática.
Após um grupo formado por ex-alunos dramatizar a temática mostrando, apontando situações do dia a dia, que envolvem atos de racismo e pré-conceito, a ex-aluna Brenda Martins, pedagoga e pesquisadora da cultura afro-brasileira, falou das relações étnico-raciais no âmbito escolar, o racismo velado brasileiro e sobre a Lei 10.639/03 que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira em todas as escolas.
“O período da vida escolar é favorável para que as pessoas construam sua identidade como cidadãos, portanto, é aqui que precisamos discutir essas questões, no espaço da escola”, disse. Também foram abordadas questões como estigma social do negro no sistema penal brasileiro, por outra ex-aluna da escola.
O gestor geral Oberdan Sá, ressaltou que a escola é aberta para debates e a participação da sociedade. “A comunidade, os ex-alunos têm muito a contribuir para a construção do conhecimento e para nós essas palestras trazem informações importantes aos estudantes”, destacou.
Na programação, ainda aconteceram oficinas de penteados afros e apresentação musical com o grupo Afroculture, que é composto por meninas negras do bairro Fé em Deus.
GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO - Portal desenvolvido e hospedado pela SEATI