Entre as diversas escolas que promoveram ações de combate ao racismo, está o Centro de Ensino Jackson Lago, que iniciou a sua programação na manhã do dia 20 com grafitagem no muro da escola. Os estudantes destacaram, por meio da arte, a valorização e o respeito ao povo negro. O Centro Educa Mais também trouxe para o debate alguns aspectos da legislação brasileira na luta contra as diversas formas de racismo, por meio de exposição do professor Raimundo Nogueira.
“As atividades relacionadas ao Dia da Consciência Negra aqui na escola têm como finalidade preponderante reforçar a importância dessa representatividade em cada aluno”, ressaltou Nogueira, professor do Centro Educa Mais Jackson Lago. Ele defendeu que os alunos devem sair da escola para suas comunidades com a intenção de reproduzir a ideia de que o Dia da Consciência Negra é fundamental para o desenvolvimento da cidadania no Brasil.A estudante Vitória Marques enfatizou a importância do combate ao racismo na escola. “O objetivo desse projeto na escola é conhecermos a história dos nossos antepassados, saber reconhecer os nossos direitos, utilizar a lei a nosso favor e, também, alertar os nossos colegas que praticar racismo é crime”, pontuou.
A escola realizou, ainda, uma roda de conversa sobre a temática “Compreendendo a simbologia por trás da celebração como forma de resistência”, com a professora Maria Rita.
“Esse projeto tem como principal finalidade fazer com que nossos alunos entendam que o Dia da Consciência Negra é um dia para ser celebrado, mas também para representar a resistência desses povos”, afirmou a professora.
Segundo ela, o projeto é uma forma de exaltar a cultura afro e trazer esse entendimento de como é possível combater o racismo no dia a dia, principalmente dentro do ambiente escolar.
Centro Educa Mais Professor Luiz Alves Pereira
Outra escola que também realizou atividades relativas ao Dia da Consciência Negra foi o Centro Educa Mais Professor Luiz Alves Pereira. Na programação, houve atração musical; apresentação teatral, com o tema “Racismo é crime”; roda de conversa; oficinas de turbantes, percussão, dança; e roda de capoeira.
Houve, ainda, apresentação do Bloco Afro Netos de Nanã; Tambor de Crioula da Floresta; implantação da Biblioteca Antirracista na Escola, entre outras ações.
Política Educacional Antirracista
A Seduc vem desenvolvendo políticas educacionais para o enfrentamento ao racismo e fortalecimento da memória e história dos povos tradicionais. Entre as ações, estão conferências on-line, em parceria com a Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), sobre “Educação para as Relações Étnico-Raciais”.
A secretaria disponibiliza, também, orientações pedagógicas e de gestão, a partir de formação continuada; disponibilização de material didático de apoio; e acompanhamento das práticas escolares. Outro destaque diz respeito a “Elaboração do Protocolo Interinstitucional de Proteção dos Direitos dos Povos Tradicionais de Terreiros do Maranhão”.
As ações da Seduc seguem com participação no Grupo de Trabalho de Elaboração das Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação Escolar Quilombola; e elaboração e implementação das Diretrizes Curriculares Estaduais para a Qualidade da Educação Escolar Quilombola nas 19 Unidades Regionais de Educação.
Além disso, a Seduc dá apoio às redes municipais na implementação da legislação em seus sistemas de ensino, por meio de ações formativas desenvolvidas no Pacto pela Aprendizagem, entre outros.
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