Marcos Pereira, de 19 anos, Pedro Henrique (19) e Júlio César (18) começaram, nesta quarta-feira (7), a ministrar aulas de jiu-jitsu no Centro de Ensino João Evangelista, escola da rede pública estadual localizada no bairro Ilhinha, em São Luís. Os três jovens são alunos do projeto “Ação Social – Lutando por Valores”, realizado pela Academia Ação de Lutas, que firmou parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) para levar o esporte ao ambiente escolar.
A parceria foi estabelecida em 2019, com a finalidade de executar um projeto piloto de artes marciais nas escolas, começando pelo jiu-jitsu. O secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão, destacou a importância do esporte na formação dos estudantes. “As artes marciais trabalham disciplina, hierarquia, coordenação motora, o corpo e a concentração. Eu sempre pratiquei esporte e sei da importância que a atividade tem na educação”, afirmou Camarão, que também é praticante e faixa roxa de jiu-jitsu.
Os três instrutores receberão uma bolsa para ensinar a modalidade a alunos da rede pública. Cada um deles vai dar aulas três vezes por semana na escola João Evangelista.
“É muito gratificante poder repassar a outras crianças e jovens um pouco do eu venho aprendendo desde criança”, disse Julio César, um dos instrutores. “É maravilhoso, também, poder trabalhar na área que eu mais amo, que é o esporte”, completou o jovem, que começou a treinar jiu jitsu, junto com os dois colegas, com idade entre 13 e 14 anos, e chegaram à faixa roxa neste ano, o que os capacitou para se tornarem instrutores.
O projeto
O projeto social da Academia Ação começou em março de 2015, com o ensino de artes marciais para crianças dos arredores da Lagoa da Jansen (Ponta D´Areia, Ilhinha e São Francisco) e vários alunos cresceram na Academia e cerca de 80 alunos seguem treinando.
Para o vice-presidente da Federação de Jiu-jitsu do Estado do Maranhão e um dos coordenadores do projeto, Jarbson Sousa, a ideia é expandir o projeto e levar a arte-marcial a mais comunidades. “A nossa intenção é que o jiu-jitsu vá para as escolas e que esse plano piloto que estamos fazendo com esses três alunos seja modelo, para que todos os outros alunos deste e de outros projetos sociais um dia possam dar aulas, inclusive em outros bairros”, ressaltou.
Lutando por valores – Mais de 100 alunos já passaram pelo Projeto Ação Social – Lutando por Valores que, além do jiu-jitsu, ensina judô e kickboxing a crianças e jovens de comunidades, com o objetivo de tirá-los do risco das ruas e proporcionar saúde e disciplina aos inscritos. A assiduidade e o compromisso com os treinos e com os estudos são os principais requisitos para se manter no projeto, que busca, através da cultura das lutas, trabalhar valores como: disciplina, ética, autoestima, higiene pessoal, entre outros; colaborando com a construção da cidadania dos alunos e promovendo a saúde através da prática esportiva. Além disso, o projeto auxilia no processo de profissionalização dos alunos, uma vez que alguns dos mais antigos são orientados para começarem a exercer a função de instrutores.
Para o professor de jiu-jitsu e kickboxing da Academia Ação e um dos idealizadores da iniciativa, Eduardo Leite, a partir de agora o projeto social tende a crescer e o jiu-jitsu nas escolas também. “Nós acreditamos no esporte nas escolas como forma de diminuir a evasão escolar e melhorar o desempenho dos estudantes”, afirmou Leite.
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