O jovem William Silva França, estudante do Ensino Médio no Centro Educa Mais Dayse Galvão de Sousa, tem se destacado no cenário nacional de inovação. Ele desenvolveu um colete multissensorial para navegação assistida, voltado para pessoas com deficiência (PCD). O projeto, que une tecnologia e inclusão, foi selecionado entre mais de 200 propostas de todo o Brasil, garantindo a William uma menção honrosa e uma vaga na Mostra Mundial de Robótica, que será realizada na Bahia, em 2025.
Orientado pelo coordenador de Inovação da escola, Thiago Gomes, William criou o dispositivo com foco em transformar a mobilidade e a segurança de pessoas com deficiência visual. Para o professor Thiago, a inovação desempenha um papel essencial na educação. “É gratificante trazer a tecnologia para dentro da sala de aula, pois ela transforma práticas pedagógicas e promove um aprendizado mais engajador. Nosso objetivo é preparar os estudantes para os desafios do século 21, conectando-os com ferramentas que façam a diferença na sociedade”, destacou.
A gestora pedagógica da escola, Fernanda Maciel, destacou com orgulho a importância de projetos vitoriosos como esse para inspirar outros estudantes. “É uma satisfação acompanhar a trajetória da equipe e ver o William chegar tão longe e levar o nome do CEM Dayse Galvão e do Maranhão para o mundo. Ele nos lembra que a educação pública tem potencial para formar talentos que podem mudar o mundo. É uma conquista para todos nós”, frisou.
William, que agora se prepara para representar o Maranhão e o Brasil na competição internacional, celebra sua conquista com entusiasmo. “Ter meu trabalho reconhecido é incrível. Isso mostra que educação e inovação podem mudar o mundo. Com o apoio do professor Thiago e da comunidade escolar, conseguimos desenvolver algo que impactará a vida de muitas pessoas. Espero que minha experiência inspire outros jovens a investir na tecnologia desde cedo e a criar soluções para quem mais precisa”, declarou o estudante.
Como funciona o colete multissensorial
O dispositivo utiliza 100 sensores principais, incluindo sensores de vibração e buzzers (que emitem sons), para orientar o usuário. Os sensores de vibração alertam por meio de estímulos no peito, enquanto os buzzers fornecem sinais sonoros, oferecendo duas opções de identificação. Além disso, o colete conta com sensores ultrassônicos que mapeiam o ambiente, detectando obstáculos como paredes, outras pessoas ou riscos de queda.
Atualmente, o projeto está em fase de aprimoramento com o desenvolvimento de uma câmera com visão computacional. A proposta é que essa funcionalidade adicional reconheça objetos, veículos e pessoas em multidões, transmitindo as informações ao usuário por meio de fones de ouvido.
A iniciativa de William promete facilitar o cotidiano de pessoas com deficiência visual, reforçando a importância da educação pública na formação de jovens inovadores comprometidos com a transformação social.
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