27/01/2019 8:10 am

FRUTOS DA EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA

Secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão

Secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão

Recentemente, o Brasil perdeu o grande músico, compositor, ativista e um dos fundadores da banda O Rappa, Marcelo Yuka. Em 2012, foi lançando um documentário sobre a vida do artista que teve como inspiração para o título uma frase do poeta Waly Salomão: “É preciso encontrar o caminho das setas”. Sem dúvida, essa história e a frase do poeta nos falam de ousadia, clareza para seguir na direção correta e recomeço; afinal, muitos recordam do episódio que deixou Yuka paraplégico.

E o que isso tem a ver com a educação do Maranhão e o momento no qual ela se encontra? Explico!

Vários concordam e replicam pensamentos de valorosas figuras, contudo poucos são aqueles que, de fato, buscam vivê-los e praticá-los, tomando posições, investindo no necessário para mudar processos enraizados, concepções ultrapassadas e, principalmente, organizando o foco de suas ações, desenhando as setas do caminho e liderando os atores para fazer a trajetória.

No Maranhão, sempre reforço, o Governador Flávio Dino reuniu os elementos que apontei acima e comunicou para o país que, por exemplo, educação é investimento que dá resultados, não só em longo prazo, contrariando discursos sustentados por anos na fala de alguns gestores públicos, muitas vezes, para esconder a proposital falta de compromisso com uma política de efetivo desenvolvimento do território e crescimento dos cidadãos e das cidadãs.

Essa consciencia, também, aparece hoje na compreensão de que o jovem é o centro das nossas ações e sua aprendizagem a nossa meta. Nos anima e motiva observarmos que a 13ª posição do Estado no ranking Nacional do IDEB e o 3º lugar do Nordeste – atrás apenas do Ceará e Pernambuco que, há duas décadas, discutem a educação pública de qualidade social – nos impõem um trabalho cada vez melhor direcionado para o futuro da juventude.

Ratificando que o Maranhão já tem um legado verdadeiro, no último vestibular da Universidade Estadual, foram aprovados 76,28% de estudantes oriundos de escolas públicas. Um número sensacional que nos enche de orgulho e nos faz olhar para o retrovisor e perceber que, mesmo com todos os desafios que surgiram, os esforços e investimentos feitos estão reverberando positivamente na sociedade. A educação prisional, também, nos dá outro grato exemplo.

Com um sério trabalho de ressocialização, que envolve desde a realização de oficinas de laborais a ações de ensino, o Estado vem conseguindo resultados satisfatórios. Há 4 anos sem rebelião nas unidades prisionais, no último Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL), 431 apenados alcançaram pontuação para ingresso no ensino superior. Esse número representa mais de 51% dos participantes.

Investir em educação nas unidades prisionais e de cumprimento de medidas socioeducativas demonstra o respeito e a concretização da dignidade no tratamento às pessoas privadas de liberdade. Retomando a história de Yuka, refletimos sua dor, enquanto uma vítima da violência que optou por ir na contramão de condenar seus algozes, defendendo o direito à educação que transforma e quebra a lógica da exclusão, aquela que nos faz pensar que “todo camburão tem um pouco de navio negreiro”, como ele mesmo registrou em uma de suas composições.

Reconhecemos, portanto, que ainda há muito a avançar. Dados do Censo Escolar apontam que apenas 17% dos estudantes brasileiros que terminam o Ensino Médio ingressam no ensino superior. No Maranhão, trabalharemos para que, cada vez mais, os egressos de nossas escolas cheguem ao mundo acadêmico ou mesmo sigam para o mercado de trabalho sustentados por um bom ensino básico. Os frutos colhidos até aqui são reflexos de uma política educacional séria e com escolhas bem definidas.

Para esse segundo mandato, temos dois desafios: o primeiro é não retroceder nos índices e progressos conquistados. O segundo é continuar investindo a fim de que tenhamos uma educação pública de verdadeira qualidade social. Seguiremos desenhando as melhores setas, pois já encontramos o caminho inspirado em cidadãos como Marcelo Yuka, sem esquecer o que nos ensinou o grande mestre Paulo Freire: “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor”.

Felipe Costa Camarão
Professor
Secretário de Estado da Educação 
Membro da Academia Ludovicense de Letras e Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
27/01/2019

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