12/05/2022 12:30 pm

Gestores, professores e lideranças quilombolas participam de Oficinas Formativas para fortalecer aprendizagem

Gestores, professores, pais e responsáveis, estudantes e lideranças dos Centros de Educação Quilombola (CEQ) iniciaram, nesta semana, ciclos de oficinas para garantir o sucesso na aprendizagem dos estudantes em territórios quilombolas do estado. A ação é promovida pela Secretaria de Educação (Seduc), em parceria com a Secretaria de Igualdade Racial (SEIR), Conselho Estadual de Educação (CEE) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), com foco na Implementação das Diretrizes Curriculares Estaduais para Qualidade da Educação Escolar Quilombola.

As oficinas de escuta, como são chamadas, servirão como diagnóstico para a estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar, elaborada pelo UNICEF, com o objetivo de apoiar municípios e estados na definição, implementação e avaliação de políticas e ações de superação do fracasso escolar e enfrentamento da reprovação, distorção idade-série e abandono escolar em alguns estados do País.

As oficinas serão realizadas até o dia 26, deste mês, percorrendo as Unidades Regionais de Educação que possuem Centro de Educação Quilombola: Itapecuru (congregando Itapecuru e Chapadinha), cuja atividade aconteceu nessa quarta (11) e quinta-feira (12); Pinheiro (18 e 19 de maio) e Bacabal (25 e 26 de maio).

Marinildes Martins, assessora de Educação Escolar Quilombola da Seduc, reforçou o papel de orientar os sistemas de ensino para que possam colocar em prática a Educação Quilombola, mantendo um diálogo com a realidade sociocultural e política das comunidades e do movimento quilombola. “A regulamentação da Educação Escolar Quilombola nos sistemas de ensino deverá ser consolidada nos 217 municípios do estado, seguindo as orientações curriculares gerais da Educação Básica e, ao mesmo tempo, garantindo especificidade das vivências, realidades e histórias das comunidades quilombolas. Esses saberes, patrimônio cultural, currículo invisível dos quilombos ancorados na Resolução Nº 189/2020 – CEE/MA que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Estaduais para a Qualidade da Educação Escolar Quilombola, potencializam uma educação antirracista e emancipatória”, explicou.

A Educação Escolar Quilombola maranhense vem recebendo um conjunto de ações colaborativas, a fim de fortalecer a qualidade, garantir processos de ensino e aprendizagem para gestores escolares, professores e estudantes oriundos de territórios quilombolas, e colaborar para que todos os sistemas de ensino cumpram determinações legais, com vistas ao enfretamento do racismo e promoção de relações sociais de respeito à igualdade de direitos.

“Garantir que cada criança, cada adolescente matriculado na escola tenha uma trajetória de sucesso escolar é um dever social de cada cidadão e, ainda, um esforço coletivo. A participação de todos os sujeitos que estão direta e indiretamente envolvidos com a educação é fundamental para que se possam garantir a aprendizagem e o pleno desenvolvimento dos estudantes. Nesse sentido, destacam-se os gestores municipais e estaduais atuando de forma articulada, as equipes de direção das escolas, os professores, os estudantes, as famílias e a comunidade escolar e tudo o que o território puder oferecer. Juntos, esses sujeitos podem atuar para enfrentar o desafio da distorção idade-série e da construção de trajetórias de sucesso escolar”, destacou a chefe do escritório do UNICEF no Maranhão, Ofélia Silva.

Educação e saberes tradicionais

“Em relação à Educação Quilombola, é importante valorizar os saberes da comunidade. Nossas histórias precisam ser passadas para os nossos alunos. A escola precisa trabalhar os saberes da comunidade para não enfraquecer o movimento quilombola, a resistência precisa ser valorizada e isso precisa entrar no currículo escolar do aluno”, apontou Walter dos Santos, liderança quilombola de Piqui da Rampa, no município de Vargem Grande.

“É extremamente importante que a gente avalie e implemente o que vai contribuir com a garantia desses direitos, porque nós estamos discutindo a trajetória de sucesso de estudantes negros e negras, que tem a ver com questões históricas com relação ao respeito, à sua cultura, sua identidade. Então, é importante que se implemente estratégias para efetivar essas ações, revendo a estrutura curricular, para que se respeite a realidade quilombola na educação”, concluiu a secretária Adjunta de Igualdade Racial (SEIR), Maria do Socorro Guterres.

Fonte: Seduc
Fotos: Divulgação
Data: 12/05/2022

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