2/05/2016 7:04 pm

Governo do Maranhão estimula programas socioeducativos para a juventude

Cindyneia Ramos Cantanhêde concluiu o Ensino Médio no ano passado e participou de diversas experiências socioeducativas.

Cindyneia Ramos Cantanhêde concluiu o Ensino Médio no ano passado e participou de diversas experiências socioeducativas.

 

Fomentar experiências além-fronteiras aos estudantes da rede pública de ensino. Esta é a proposta do Governo do Maranhão ao mergulhar a comunidade escolar no contexto dos programas socioeducativos. A partir do estímulo ao protagonismo juvenil e à participação dos estudantes em iniciativas de intercâmbio de experiências educacionais, a gestão estadual pretende aprofundar o caráter social da educação e assegurar mais dinamismo e amplitude ao olhar dos jovens maranhenses.

Programas nacionais e internacionais com ênfase em desenvolvimento de elementos como fluência em outras línguas, cidadania, política e relações internacionais ganham a cada dia mais adeptos na rede estadual de ensino. De acordo com o supervisor de Políticas Educacionais para a Juventude da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Márcio Silva, a tendência é a mudança de comportamento dos jovens a partir do amadurecimento e do reposicionamento deles na sociedade.

“Temos – a partir de parcerias – os programas Jovem Senador, Jovem Parlamentar Brasileiro, Parlamento Jovem Mercosul e o Jovem Eleitor, que são de cunho político e buscam o despertar da nossa juventude para a articulação política. Eles desembocam em produtos nossos, como o projeto ‘Mais Grêmios’, um espaço para que os alunos possam buscar alianças e trabalhar as diferenças. O ‘Mais Paz nas Escolas’ trabalha o ambiente e a comunidade escolar e o programa ‘Mobiliza Maranhão’, que busca o envolvimento da família e da sociedade. Todos favorecem a interação do estudante com a sociedade, o que garante a ampliação dos horizontes e um jovem mais capacitado e mais entendedor do seu papel na sociedade”, detalhou o professor Márcio Silva.

 

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Supervisor de Políticas Educacionais para a Juventude da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Márcio Silva, explica que a tendência é a mudança de comportamento dos jovens com essas experiências.

Cada um dos programas abre possibilidades de intercâmbio cultural e de novas experiências na área da educação para uma faixa etária específica dos estudantes. O programa Jovem Senador é um concurso de redação, que possibilita a 27 jovens do 2º e 3º ano do Ensino Médio em todo o Brasil a entrada na rotina do Senado Federal, com debates, elaborações de projetos de lei e votações, assim como no funcionamento regular daquela Casa Legislativa.

Já o Programa Parlamento Juvenil do Mercosul inscreve estudantes do 1º e do 2º ano do Ensino Médio em um concurso cujos vencedores vão discutir propostas para a educação nos países que compõem o Mercosul. O programa Jovem Parlamentar Brasileiro segue a mesma linha, mas engloba apenas estudantes nativos. O Jovem Embaixador aceita inscrições de alunos do Ensino Médio e, dentre os pré-requisitos, exige, por exemplo, o envolvimento em programa de voluntariado. Ao ser escolhido pelo programa, o estudante viaja para os Estados Unidos, onde passa três semanas em imersão em famílias, cultura e língua inglesa e participam de programas de voluntariado e responsabilidade social.

Geração Jovem-Tudo

Cindyneia Ramos Cantanhêde concluiu o Ensino Médio no ano passado, mas carrega na bagagem uma série de experiências nacionais e internacionais, desde que se interessou em integrar o nicho. Além das aulas de inglês que dá voluntariamente a crianças no Jaracaty, das ações socioeducativas do Rotary de que faz parte, do site Inspirar Sonhos, que reúne jovens com boas práticas na área e das pesquisas sobre educação brasileira de que é parceira com estudantes de Harvard, Cindyneia tem vasta premiação nos concursos de cunho educacional.

 

No auge dos 17 anos, a moça já foi Jovem Senadora – eleita a presidente da mesa diretora e teve o projeto de lei aprovado –, e Parlamento Juvenil do Mercosul e Jovem Embaixadora. “Um dos meus grandes objetivos é que, através das experiências que eu tive, outros alunos possam se sentir motivados a oportunizar isso. Tento fazer isso através de palestras nas escolas, de comunicação com os alunos, fazendo workshops. Vim de uma situação social, financeira e acadêmica que muitos deles vieram. Então, se eu alcancei essas coisas, por que eles não alcançariam?”, questiona a garota.

 

Cindyneia vivenciou, ainda, simulações de situações de grande porte de competência da ONU, experiência, segundo ela, apaixonante. Tanto que se desafiou a implantar a metodologia no Maranhão. Para o próximo ano, quer graduar-se nos Estados Unidos, em Harvard. “Pretendo fazer uma dupla graduação em Educação e Ciências Políticas e uma menor em Relações Internacionais”, conta. E sonha mais. “Quero ser ministra da Educação. Esse é o plano”, brinca Cindyneia. A mãe, Lurdineia Cantanhêde, orgulha-se do desempenho da filha. “Ela sempre teve esse ideal de fazer a diferença no ambiente que vivia. A gente sempre acreditou que ela era capaz”, relatou a mãe.

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) trabalha a divulgação dos concursos e seleções e oferece suporte adequado aos estudantes para a participação. De acordo com a professora Mariângela Azevêdo, que coordena o projeto Jovem Embaixador no Maranhão, a intenção é que cada vez mais alunos possam desfrutar essa vivência.

“O importante desses programas é o momento de oportunizar aos nossos alunos saírem das quatro paredes de uma sala de aula. É extremamente gratificante sentir que um estudante do Liceu Maranhense pode fazer toda essa transformação, e, por meio de um programa, pode fazer disso um marco em sua vida e transformá-lo em um trampolim. Ver que é possível quando se tem uma política pública forte desenvolvida com seriedade, que a educação transforma e que os alunos têm o patamar de sair da ‘mesmice’, me incentiva enquanto educadora”, emociona-se Mariângela.

De acordo com a professora Mariângela Azevêdo, que coordena o projeto Jovem Embaixador no Maranhão, a intenção é que cada vez mais alunos possam desfrutar essa vivência.

De acordo com a professora Mariângela Azevêdo, que coordena o projeto Jovem Embaixador no Maranhão, a intenção é que cada vez mais alunos possam desfrutar essa vivência.

Fonte: Secap
Texto: Carolina Nahuz

Fotos/HandsonChagas

 

 

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