Desenvolver ações educativas em escolas do Sistema Estadual de Ensino, voltadas à prevenção e combate ao trabalho escravo no Maranhão. Este é o objetivo da 1ª Formação Presencial do projeto ‘Escravo, Nem Pensar!’, de 2019, que será realizada a partir desta terça (17) até quinta-feira (19), no Centro Educa Mais João Francisco Lisboa (CEJOL), destinada a gestores da rede.
A formação é promovida pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) em parceria com a ONG Repórter Brasil, instituição formada por jornalistas, cientistas sociais e educadores para fomentar a reflexão e ação sobre a violação aos direitos fundamentais dos povos e trabalhadores no Brasil. A ONG é uma das mais importantes fontes de informação sobre trabalho escravo no país.
Nesta etapa do projeto serão envolvidas 331 escolas de 73 municípios de seis Unidades Regionais de Educação (URE’s). A ideia é intensificar as ações preventivas nos municípios onde há uma maior concentração de irregularidades trabalhistas e de onde sai parte da mão de obra para trabalhar em situação análoga à escravidão, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste do País. Com a implementação desta última etapa, o Maranhão será o primeiro estado brasileiro a ter feito uma ação preventiva ao problema em toda a rede pública de ensino.
“Tão importante quanto desenvolver ações fiscalizadoras e de punição dos infratores flagrados, é desenvolver estratégias de prevenção. Por isso, o Governo do Maranhão tem adotado políticas públicas que buscam reverter a situação de pobreza e de vulnerabilidade. Entre essas políticas, estão as ações formativas no âmbito da educação. Além de promover uma educação que seja libertadora, formadora de jovens protagonistas que estão aprendendo a importância de construir um futuro, é preciso discutir e trabalhar a temática nas escolas, e dessa forma preparar cidadãos conscientes que não escravizem e nem se deixem escravizar”, destacou o secretário de Estado de Educação, Felipe Camarão.
Números
No Maranhão, a parceria foi formada desde 2015, quando o Estado se tornou o primeiro do país a promover a formação de educadores para atuarem no enfrentamento e combate ao trabalho escravo. Nos quatro primeiros anos, o projeto alcançou 240.873 pessoas com ações de prevenção ao trabalho escravo, desenvolvidas em 474 escolas, de 138 municípios.
Só em 2018, 227.900 pessoas, de 271 escolas em 72 municípios, de oito Unidades Regionais de Educação (UREs), foram envolvidas nas atividades interdisciplinares e projetos pedagógicos, com o objetivo de disseminar o tema junto às comunidades vulneráveis ao aliciamento de trabalhadores e ao uso de mão-de-obra escrava no Estado.
Ação nas escolas
Além das atividades formativas, o projeto também investe na elaboração de materiais pedagógicos voltados para a temática, que são utilizados em sala de aula pelos professores e estudantes. Na oportunidade, também acontecerá o lançamento do ‘Escravo, Nem Pensar!’ 2019.
A realização do projeto tem o apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae) e Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular.
Serviço:
Fonte: Seduc
16/09/2019
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