Governo realiza webconferência como parte da programação dos 16 Dias de Ativismo

De acordo com o Mapa da Violência 2015, o homicídio contra negras aumentou 54% em 10 anos. Esta informação fez parte da fala da socióloga Silvia Leite, Coordenadora do Setor de Atividades Especiais do Socorrão II, uma das palestrantes convidadas da webconferência desta sexta-feira (4), na UemaNet, realizada com a intenção de dar visibilidade ao enfrentamento à violência contra  as mulheres e parte da programação dos 16 Dias de Ativismo. Este evento que consiste em uma parceria da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) com a Secretaria de Estado da Mulher (Semu), já tem uma nova data para ocorrer: será na próxima segunda-feira (7).

Durante a palestra sobre “Violência contra a Mulher Negra”, a socióloga Silvia Leite pontuou que “é importante dialogar sobre a violência, e temos que ter um olhar histórico sobre ela, pois a história da mulher negra começou na África quando foi capturada, resistiu no navio negreiro, depois na casa grande e na senzala”, disse. Na oportunidade, Silvia também contou sobre situações de preconceito que sofreu na vida e alertou: “É preciso que a gente esteja preparada”. E como dica para saber mais sobre o tema, a socióloga indicou o site do Instituto Patrícia Galvão, onde as pessoas têm acesso a pesquisas e textos sobre violência com fontes confiáveis.

A segunda palestra, que tratou sobre “A Mulher Indígena e a Violência Doméstica”, foi proferida pela doutoranda em Ciências Sociais, Carla Susi Pitombeira. Ela alertou para a invisibilidade do tema: “Quando o assunto não é levado a público, ele se torna invisível. Não há um movimento consistente que trate da questão em nível de Brasil”, assegurou. Ela completou dizendo que a Lei Maria da Penha tem que dialogar com realidades específicas e assegurou que “Os assuntos tratados na literatura sobre violência não contemplam realidades locais”.

A próxima webconferência vai abordar os seguintes temas: “O Enfrentamento da Violência Contra a Mulher do Campo no Maranhão”, “Mulher com Deficiência no Contexto dos Direitos Humano”, “Mulheres em situação de Privação de Liberdade”.