4/07/2017 4:05 pm

Governo retomou o curso de Magistério Intercultural Indígena

O governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), retomou, nesta segunda-feira (3), a V etapa do curso Magistério Intercultural Indígena, que segue até o dia 27 deste mês, em parceria com o Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A retomada do Magistério Intercultural Indígena, após sete anos, é parte da política do governo do estado de desenvolvimento da educação nas comunidades indígenas, em atendimento às diretrizes da educação escolar indígena. O curso, que é de formação em Nível Médio, é realizado em dez etapas no período de férias.

O objetivo é capacitar professores da Educação Escolar Indígena, com foco na formação profissional, respeitando os princípios da diferenciação, especificidade, interculturalidade e multilinguísmo. Além de contribuir para o fortalecimento e divulgação da escola indígena dentro dos novos parâmetros legais e conceituais construídos nos últimos anos no Maranhão, e de qualificar profissionais éticos, críticos e reflexivos quanto ao seu papel e à sua prática de atuação junto à comunidade indígena.

No total são beneficiados 246 Professores Indígenas, das etnias Tentehar/Guajajara, Ka’apor, Ramkokamekra/Canela, Apaniekra/Canela, Pukobyê/Gavião, Krenjê e Krikati, que desenvolvem suas funções no Ensino Fundamental de 1º ao 5º ano, nas escolas das aldeias.

O curso é coordenado pela Supervisão de Educação Indígena (Supeind) da Seduc, acontece no Polo Barra do Corda, que abrange os professores indígenas de Barra do Corda, Jenipapo dos Vieiras, Fernando Falcão, Itaipava do Grajaú e Grajaú; e no Polo Imperatriz, contemplando os professores indígenas de Arame, Amarante, Buriticupu, Bom Jesus das Selvas, Montes Altos e Lajeado Novo, Bom Jardim, Araguanã, Santa Luzia do Paruá e Centro do Guilherme.

Durante o curso serão ministradas as disciplinas de Gestão Escolar (72h), Projetos Educacionais (54h), Organização e Funcionamento da Educação Escolar Indígena (54h).

“Desde 2010, o curso estava parado. Os professores estavam ansiosos pela continuidade e pela conclusão. Então, nós agradecemos ao Governador Flávio Dino, ao Secretário Felipe Camarão e a todos que estão contribuindo para a retomada dessa formação. Isso é salto significativo para a educação nas comunidades indígenas do Maranhão”, destacou a professora Eva Lúcia Nunes Barbosa Santos, gestora da Unidade Regional de Barra do Corda.

Avanços na qualificação da Educação Indígena

Desde que assumiu o Governo do Maranhão, o governador Flávio Dino implantou várias ações em prol da melhoria da qualidade de ensino nas comunidades indígenas do Maranhão. Em 2015, o Governo do Estado garantiu o custeio de formação, em nível superior, para 62 professores indígenas do Sistema Estadual de Ensino do Maranhão na Universidade Federal do Estado de Goiás (UFG).

Ainda em 2015, 54 técnicos e professores da educação escolar indígena participaram do Seminário de Educação Escolar Indígena da Amazônia Legal e 38 professores indígenas receberam formação em práticas pedagógicas. Além da qualificação de formadores de professores indígenas, o apoio pedagógico a estudantes nas aldeias e formação continuada em parceria com a Uema.

No ano passado o governo implantou o Curso de Licenciatura Intercultural para a Educação Básica Indígena, que garante a formação e habilitação de professores indígenas para atender às comunidades nas escolas de Ensino Fundamental e Médio.

Além disso, está em fase final o processo seletivo simplificado para contratação temporária de professores das escolas indígenas, para atender as demandas nas escolas das aldeias.

“São várias as ações desenvolvidas para levar uma educação mais qualificada às escolas do Maranhão, e não é diferente com a educação indígena. A retomada do curso de Magistério Indígena é fundamental para a educação nas aldeias, porque além de elevar o nível educacional, torna esses profissionais aptos a participarem de seletivos para professor indígena. Isso é parte de uma política educacional que, além de melhorar da educação em todas as modalidades educacionais, também prima pela inclusão social e gera oportunidades a todos”, ressaltou o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão.

Fonte: Seduc