“Um atrás do outro, atrás um do outro, ano após ano, ano após outros, minuto após minuto, século após séculos, e de novo um atrás do outro, atrás um do outro”. Essa frase do nosso notável poeta maranhense, Nauro Machado, um dos mais fecundos e importantes trovadores brasileiros de todos os tempos, serve muito para simbolizar as ações, conquistas e inaugurações que o governo Flávio Dino está realizando na educação do Maranhão.
Se ainda estivesse vivo, certamente conversaria com ele, hoje, sobre o sentido dessa frase intrigante e ainda a complementaria, destacando os feitos inéditos da gestão Flávio Dino que, mesmo após o primeiro mandato, segue na vanguarda da educação em relação a outros governos que por aqui passaram. “Nauro, o Maranhão quebrou um ciclo vicioso do ano após ano, ano após outros. Só na educação, já são vários feitos inéditos.” – diria, talvez com lágrimas de gratidão, pelo privilégio divino de vivenciar esses feitos, como o que aconteceu nessa última semana.
O governador Flávio Dino tirou do papel o Sistema Estadual de Avaliação do Maranhão, o Seama, um antigo sonho de educadores maranhenses, expresso, principalmente, quando das escutas pedagógicas realizadas logo no início do primeiro mandato, envolvendo professores de todo o Estado. Ali, ouvimos, dialogamos e, sobretudo, tomamos conhecimento das demandas que afligiam o chão das escolas.
Nesta semana, o Seama promoveu a primeira avaliação com a participação de 280 mil estudantes das redes estadual e municipais, sendo: 103.685 estudantes do 5º ano; 93.912 estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e 82.321 estudantes da 3ª série do Ensino Médio, em 4.242 escolas de todo o Maranhão.
Foram dois dias envolvendo a rede estadual, nos 217 municípios e 215 redes municipais que fizeram adesão ao sistema, por meio da parceria firmada entre o Estado e a União de Dirigentes Municipais de Educação (Undime-MA). Foram dias históricos para a educação maranhense, porque, pela primeira vez, o Governo do Estado realizou uma avaliação da rede pública do Maranhão.
Agora, temos o nosso próprio índice educacional, uma espécie de IDEB do Estado, o que nos permitirá traçar metas a partir de um parâmetro concreto obtido nessas avaliações. Saberemos, por exemplo, se de fato o estudante tem a aprendizagem adequada para aquele determinado ano escolar, bem como os principais pontos de atenção e onde devemos atuar de forma mais eficaz. Trata-se de uma medida de gestão, de eficiência na utilização de recursos públicos e muito importante para o futuro do nosso Estado.
O Seama demonstra um reforço às ações de colaboração com os municípios, por meio do Pacto pela Aprendizagem, lançado pelo governador Flávio Dino, no início deste ano e integra, também, o Programa Escola Digna, ratificando o compromisso dessa gestão com educação e, por conseguinte, a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Estados como Ceará e Pernambuco, que avançaram nos indicadores educacionais, já possuem sistemas próprios e permanentes de avaliação, que dão sentido didático aos dados obtidos nas avaliações e servem como referência para planejar práticas pedagógicas. E essa é a importância do Sistema. É preciso avaliar resultados para planejar novos caminhos de qualidade. Em se tratando de avaliação dos resultados, o Seama conta com o trabalho e experiência da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), por meio do CAED, que é referência em avaliação educacional no país.
Cabe ressaltar que a avaliação maranhense é baseada na Teoria da Resposta ao Item, a qual leva em consideração o grau de dificuldade da questão. Em todas as séries, foram avaliados os componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática, fundamentais para a aprendizagem dos nossos estudantes. Tal metodologia impacta na melhoria do nosso IDEB e no desempenho dos alunos, nas demais avaliações, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O Seama trará, também, informações sobre o nível de domínio dos estudantes nas habilidades e competências denominadas essenciais, além de ser uma ferramenta de monitoramento para a gestão escolar.
É mais uma primeira vez do governo Flávio Dino, que me remete ao Padre António Vieira, um dos mais influentes personagens do século XVII, na política e na oratória.
“Nós somos o que fazemos. O que não se faz não existe. Portanto, só existimos nos dias em que fazemos. Nos dias em que não fazemos apenas duramos”.
Avante, governador da educação!
Felipe Costa Camarão
Professor
Secretário de Estado da Educação
Membro da Academia Ludovicense de Letras e Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
16/06/2019
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