15/03/2016 11:00 pm

Maranhão mobiliza esforços para alfabetização de adolescentes e adultos

Os municípios de Água Doce, Aldeias Altas, Governador Newton Bello, Itaipava do Grajaú, Jenipapo dos Vieiras, Santana do Maranhão, São João do Caru e São Raimundo do Doca Bezerra que fazem parte do Plano Mais IDH, estão iniciando mobilização pela alfabetização esta semana. Cada município está recebendo visitas das equipes da ‘Mobilização Pela Alfabetização Sim, Eu Posso’.

As visitas estão sendo realizadas a partir de parceria com as Secretarias de Estado de Educação (Seduc) e dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) com a assessoria técnico-pedagógica do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), por meio de convênio com a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fapead) e com a Universidade Estadual do Maranhão (Uema).

 

Esta etapa de mobilização, que consiste em visitas institucionais às prefeituras, câmaras municipais, entidades da sociedade civil e realização de plenárias dos Comitês Municipais Mais IDH teve início na segunda-feira (14) e segue até sexta-feira (18). A ideia é criar uma grande corrente, envolvendo todos os atores sociais, para redução do analfabetismo no Maranhão.

 

A jornada tem como meta alfabetizar cerca de 14 mil pessoas acima de 15 anos em oito meses nesses oito municípios, utilizando o reconhecido método de alfabetização “Sim, Eu Posso!” (Yo, Si Puedo!), do Instituto Pedagógico Latino-Americano e Caribenho de Cuba (Iplac) aliado aos círculos de cultura da pedagogia Freireana.

Os outros 22 municípios do Plano Mais IDH também receberão a Mobilização Pela Alfabetização, por intermédio do Programa Federal Brasil Alfabetizado, com contrapartida do Estado. A meta é beneficiar mais de 48 mil jovens, adultos e idosos.

 

“O governador Flávio Dino tem investido em políticas transversalizadas, visando à garantia de direitos, sobretudo às camadas menos favorecidas. Não é possível visualizar as ações isoladamente, já que os direitos humanos são indivisíveis e dependentes entre si. A ‘Mobilização Pela Alfabetização Sim, Eu Posso!’ não ensinará as pessoas apenas a ler, mas garantirá dignidade, provocando-as a conquistar mais direitos”, afirmou o secretário de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves.

“O combate ao analfabetismo é uma das ações estratégicas do atual Governo, que tem como prioridade a superação da pobreza e desigualdade social. Por isso, a ‘Mobilização Pela Alfabetização Sim, Eu Posso!’ vai acontecer, inicialmente, em oito municípios, entre os 30 que são alvos do Plano Mais IDH. Nossa meta é atender nestes municípios mais de 14 mil pessoas, com idade igual ou superior a 15 anos, beneficiando jovens, adultos e idosos, assegurando a esses maranhenses o direito à cidadania e inclusão social”, destacou o secretário de Estado de Educação, Felipe Camarão.

Entre as pessoas com mais de 15 anos, público que será contemplado com as ações da jornada Sim, Eu Posso e do Programa Brasil Alfabetizado, o Maranhão amarga um índice de analfabetismo de 19,31%. Isolando-se os dados do campo, o percentual é de 40,3%, o mais alto do país. Na população da zona rural do Maranhão, 72,2% têm menos de um ano de estudo. Por isso, a importância das ações de alfabetização que contemplarão 159 municípios do estado, começando pelos 30 municípios de abrangência do Plano Mais IDH.

Jornada iniciada

Para que as ações possam ser desenvolvidas, foram realizadas visitas prévias aos municípios. No dia 8, por exemplo, foi realizada uma videoconferência, a partir do Campus Paulo VI, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) em São Luís, retransmitida pela UemaNet para seus polos em campi do interior. O objetivo da reunião virtual foi apresentar os dois projetos – Sim, Eu Posso e Programa Brasil Alfabetizado –, dando início às mobilizações necessárias para a realização dos trabalhos.

 

Metodologia

Esta etapa da jornada Sim, Eu Posso terá duração de oito meses. Nos três primeiros ocorrerá o processo de alfabetização em si; nos cinco restantes os recém-alfabetizados participarão de um processo chamado “Círculo de Cultura”, em que vencerão também o chamado analfabetismo funcional, o que lhes permitirá fazer leituras críticas da realidade, tendo como referencial teórico os fundamentos dos círculos de cultura da Pedagogia Freireana. As aulas terão início no dia 2 de maio e a etapa seguirá até dezembro de 2016.

 

Como acessar

Interessados em participar de uma das turmas do Sim, Eu Posso devem procurar os locais de inscrição nos municípios, a serem divulgados por ocasião desta etapa da jornada. Os alfabetizadores selecionados via chamada pública também poderão inscrever alunos em suas turmas.

 

“Além do êxito de Cuba, países como Venezuela, Bolívia e Equador também foram declarados livres do analfabetismo pela Unesco, após terem adotado o método de alfabetização Sim, Eu Posso! Ao todo, estima-se que mais de 9 milhões de pessoas já puderam se alfabetizar a partir da utilização do Sim, Eu Posso!”, apontou Simone Pereira, da Coordenação Político-Pedagógica da Escola Nacional Florestan Fernandes, vinculada ao MST.

 

O convênio para a realização da Mobilização Pela Alfabetização Sim, Eu Posso, em parceria com o MST, foi assinado pelo governador Flávio Dino em novembro do ano passado. Na ocasião, ele recebeu cerca de 450 Sem Terrinha no Palácio Henrique de La Rocque.
Fonte: Sedihpop
Texto: Zema Ribeiro

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