Diante do cenário de pandemia, muitos projetos educacionais tiveram que ser adaptados para assegurar a manutenção de suas atividades. Com o Projeto Núcleo Arte Educação (NAE), não foi diferente e, para garantir a qualidade do ensino, estratégias e metodologias remotas foram planejadas, dando continuidade ao ano letivo e propiciando aos estudantes os conhecimentos artísticos necessários para o desenvolvimento do pensamento artístico.
O NAE é um projeto da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Secma), realizado por meio do Teatro Arthur Azevedo. O projeto conta com duas ações: uma na área de cursos, onde são ofertadas aulas de teatro, balé, dança contemporânea, violão, canto coral e piano, e outra na área de ação de Formação de Platéia.
Essas atividades caracterizam um modo particular de dar sentido às experiências estéticas, uma vez que ampliam a sensibilidade, visão crítica, reflexão e imaginação. As ações beneficiam 300 alunos da rede pública de ensino e contam com uma equipe de profissionais especializados nas linguagens da arte.
“Neste período em que estamos vivendo, a música em si é muito importante e prazerosa para escutar e praticar. Para algumas pessoas, neste período, a música ajuda a afastar a ansiedade e o desconforto que estão sentindo e não deixa de ser uma ocupação boa. Assim, as aulas dos cursos do projeto NAE têm ajudado muito a superar esse momento”, destacou Débora dos Anjos Silva, 15 anos, aluna do curso de violão.
O Núcleo utiliza a arte para transformar vidas e conta com o apoio dos professores que vão se reinventando, recriando e produzindo novos cenários, utilizando as plataformas digitais para ressignificar a sala de aula, em espaço virtual, possibilitando a apreensão do conhecimento artístico pelos alunos, em tempos de pandemia.
“Apesar de tudo, eu creio que consegui produzir e agregar em mim coisas que nas aulas presenciais eu não iria produzir. Por exemplo, explorar os lugares que posso trabalhar na minha casa, tornar um cômodo em um espaço de encenação, ter contato cênico com meus irmãos, fazer uma cena com eles. Enfim, tornar tudo
o que fizemos durante esses meses de trabalho, em casa, possível”, expressou Laura Beatriz, 17 anos, aluna do curso de teatro.
Vários aspectos vêm sendo desenvolvidos nas aulas online, como: autonomia, autoconfiança, autoconhecimento, disciplina, entre outros aspectos. Esse processo de aprendizagem só foi possível devido à parceria realizada com a família, a qual se comprometeu em manter a continuidade da rotina escolar e o cumprimento dos horários de aula.
“O contato com a arte, com a dança, sem dúvida, fez nossos dias ficarem mais leves e menos tristes. No Núcleo, tivemos o desafio de migrar as aulas para o formato online, cujas limitações para a dança, em razão da necessidade de espaço e piso adequado, foram superadas pela vontade de manter a saúde física e mental. Esse movimento acabou sendo bem desempenhado por todos” evidenciou, Débora Buhatem, professora de balé clássico.
A estudante do curso de teatro, Nicole Maciel, 16 anos, contou que no início foi difícil se adaptar às aulas exigidas pelo novo formato. “No começo, senti bastante dificuldade em me adaptar e tive que me disciplinar mais ainda. Passamos a mandar vídeos de nossos exercícios, fotos, e aulas de maneira remota e tem sido muito proveitoso o aprendizado. Temos que entregar as atividades nos horários solicitados, manter uma rotina de exercícios diários e registrar conteúdos para que ao final do ano possamos saber o que de fato produzimos”, expressou.
O NAE programou uma série de lives para manter o ritmo das aulas durante esse tempo da quarentena. Entre as lives que já foram realizadas estão “Uma Trajetória em Formação Processual em Teatro”; “Violão, Trajetória Musical e Experiência no Ensino Coletivo”; “O Início de uma Cultura em Formação de Plateia”; “Bate papo com Kleverson Froz sobre sua trajetória na dança”; “Dança: Formação e Conexão”.
Fonte: Seduc
Texto: Antônio Figueredo
Fotos: Divulgação
24/07/2020
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