4/07/2016 1:44 pm

Programa ‘Escravo, Nem Pensar’ alcançou mais de 37 mil estudantes da Rede Estadual

foto-_2-lauro-vasconcelos_seduc_20052016-governo-realiza-2ª-etapa-de-formação-de-educadores-para-o-projeto-‘escravo-nem-pensar’-1024x682“No início a comunidade escolar teve certa dificuldade para entender o projeto, mas depois de pouco tempo – e por se tratar de uma realidade que infelizmente faz parte do nosso cotidiano – a participação e interesse de todos foi impressionante”, explica Irenildes Cunha, professora da Rede Estadual de Imperatriz, e uma das participantes do Programa “Escravo, nem pensar!”, parceria do Governo do Maranhão com a ONG Repórter Brasil, de combate ao trabalho escravo no estado.

Instalado no Maranhão em 2015, pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), o Programa já alcançou quase 40 mil estudantes, com foco nos municípios que concentram a maior parte dos trabalhadores maranhenses, que vivem em situação análoga à escravidão em outros estados. O método do Programa forma educadores e gestores da rede estadual para atuarem junto à comunidade escolar na conscientização para erradicação do trabalho escravo.

“O resultado do Programa no Maranhão foi fenomenal, sobretudo pelo engajamento das escolas, os estudantes demonstraram uma facilidade muito grande para lidar com o assunto. O grande efeito do projeto no estado foi redimensionar o olhar das pessoas sobre essa prática e passar a vê-la como um crime porque de fato é o que ela é”, ressalta Thiago Casteli, um dos coordenadores da ONG.

Com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Catholic Relief Service e Ministério Público do Trabalho, a parceria entre o Governo do Maranhão e a ONG Repórter Brasil é parte de uma das diretrizes do Plano de Trabalho da Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae), coordenada pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) e formada por diversas Secretarias de Estado.

Para o titular da Sedihpop, Francisco Gonçalves, a parceria com a ONG Repórter Brasil é a melhor forma de contribuir para atingir as metas do Plano Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo, uma vez que ela abrange a prevenção. “No que se refere à prevenção, o Governo do Estado, por meio da Seduc, junto com a ONG Repórter Brasil e a OIT, tem desenvolvido um importante trabalho nas escolas públicas, com o programa mobilizando as escolas, professores e alunos, para que tenham informações sobre trabalho escravo no Brasil e no Maranhão”.

A ONG Repórter Brasil, que atua no combate ao trabalho escravo desde 2004 ressaltou o pioneirismo do Governo do Maranhão ao direcionar a formação de agentes multiplicadores junto à rede pública estadual. “Os bons resultados alcançados nessa parceria pioneira tem despertado interesse de outros estados”, disse Thiago Casteli, que tem conversado com o estado do Pará e outras unidades da federação para realização de parcerias semelhantes.

O secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão, celebrou o alcance do programa. “O projeto ‘Escravo, nem pensar!’que está sendo desenvolvido em nossas escolas é de extrema importância, pois promove o debate sobre o trabalho escravo contemporâneo, que ganhou outras nuances e, infelizmente, continua muito presente em nosso estado. Com a parceria da ONG Repórter Brasil, o projeto junto aos gestores e professores fará deles multiplicadores do debate sobre a temática nos ambientes em que estão inseridos”, destacou Felipe Camarão.

“Para nós, que trabalhamos nas Unidades Escolares da Grande Ilha, houve grande mobilização dos estudantes para compreender o trabalho escravo contemporâneo na dimensão urbana, envolvendo trabalhadores escravizados em obras de construção civil, antes havia apenas a ideia de que os trabalhadores escravizados atuavam apenas em lavouras. Como agente multiplicador, destaco a importância da metodologia usada pela ONG Repórter Brasil para a compreensão mais eficaz desse tema delicado”, acrescentou o diretor de Educação da Unidade Regional de Educação (URE) de São Luís, Jefeson Plácido.

Julião Amim, secretário de Estado de Trabalho e Economia Solidária, ressaltou o papel do poder público no enfrentamento ao tema, com foco na conscientização. “O desenvolvimento deste projeto fortalece as ações de combate ao trabalho escravo pela conscientização das pessoas. E esta parceria com o Governo do Estado é de extrema importância, por trabalhar essa questão em vários âmbitos, através da cooperação das ações de cada secretaria. A Secretaria de Trabalho tem tido como prioridade a realização de ações e parcerias voltadas para este cunho, inclusive ações de recolocação de trabalhadores resgatados, no mercado de trabalho legal”, disse.

“Existem três maneiras de combater o trabalho escravo: a repressão, o apoio aos trabalhadores escravizados após o processo de libertação e o trabalho de prevenção, que consideramos o mais eficaz”, ressaltou Thiago Casteli ao avaliar o trabalho de formação dos gestores e educadores maranhenses.

Escolas alcançadas: 243 escolas

Estudantes mobilizados: 38 mil

Municípios participantes: São Luís, Imperatriz, Balsas, Açailândia, Codó, Santa Inês e São João dos Patos

Fonte: Secap
Foto/Lauro Vasconcelos

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