O Centro de Ensino Governador Archer, no Filipinho, em São Luís, realiza uma série de atividades do Projeto AFROCega, em alusão ao Dia da Consciência Negra. Nessa quinta-feira (21), estudantes do Ensino Médio participaram de ações de conscientização sobre a importância dos negros para a história do Brasil, com destaque para a luta pela igualdade de Direitos e o enfrentamento ao racismo.
O projeto AFROCega foi desenvolvido a partir da necessidade da comunidade estudantil em conhecer e refletir sobre as experiências históricas e culturais das populações negras (africanas e afrodiaspóricas), reconhecendo sua contribuição para a formação do saber universal e consumar a aplicabilidade da Lei 10.639/2003. A legislação determina a obrigatoriedade do ensino da História da África e a da Cultura Afro-brasileira e Africana na Educação Básica.
Por meio de diversas atividades educativas e culturais, ao longo do mês de novembro, o encerramento do projeto culminou em uma grande exposição dos trabalhos realizados pelos estudantes. Coordenado pelos professores de Ciências Humanas e suas tecnologias, a AFROCega evidenciou o protagonismo estudantil e a reflexão crítica sobre as raízes culturais afrodescendentes.
O professor de História, Iwgson Pereira, idealizador do projeto , apontou a importância do ensino da cultura afro-brasileira nas escolas maranhenses. “A cultura afro-brasileira é um dos pilares mais significativos da identidade e história do Brasil. Ela não apenas enriquece o panorama cultural, mas também desempenha um papel crucial na construção da riqueza social e na formação de uma sociedade inclusiva e igualitária. Por isso as escolas precisam fazer essa reflexão enquanto comunidade escolar — apresentar a relevância do debate acerca das questões étnico raciais, de identidade e de gênero”, considerou o professor.
Luiz Pedro e Silva Neto, professor de Sociologia no CE Governador Archer, destacou o compromisso da unidade com a promoção da igualdade racial e o combate ao racismo. “Esse projeto mostrou que a escola tem um papel fundamental na transformação social. O envolvimento dos alunos reforça a importância de valorizar a História e a Cultura Afro-brasileira, não apenas como uma pauta educacional, mas como uma luta contínua por respeito e igualdade”, disse.
Dentre as atividades apresentadas estavam apresentações de maquetes, pinturas corporais, degustação de comidas típicas e exposição da técnica de tranças afros, reforçando o papel da educação na promoção da consciência racial e da diversidade.
“É errado dizer que as tranças afro estão na moda agora, pois faz parte da cultura afro e negra há séculos, assim como a representatividade do cabelo crespo natural. A consciência de que existem cabelos diversos tem feito com que as tranças sejam mais admiradas pela sociedade, não mais como um simples penteado, mas como símbolo de ancestralidade, força e resistência”, enfatizou Flavia Monteiro Alves, estudante da 2ª série do Ensino Médio que aos 17 anos atua como trancista há cerca de três anos.
O Projeto AFROCega é considerado um marco na programação do Novembro Negro como uma lição de história, resistência e valorização da cultura afro-brasileira para os estudantes, que aprovaram a iniciativa e se sentiram representados ao participarem das ações em promoção da cultura negra e contra o racismo na sociedade.
Fonte: Seduc/MA
Fotos: Divulgação
22/11/2024
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