A Coordenação de Educação Ambiental da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) visa aprimorar cada vez mais a percepção e o conhecimento, por meio da formação educacional e a estruturação do Sistema e da Política Ambiental, para cumprimento do Plano Estadual de Educação Ambiental, fortalecendo a participação coletiva, incluindo-se alunos, professores e gestores, nos processos participativos e decisórios relacionados às questões socioambientais.
Neste sentido, a Seduc promove diálogos permanentes com a Supervisão de Currículo Escolar e Coordenações Pedagógicas, para que a Educação Ambiental esteja presente em todas as escolas da rede pública estadual e engajadas na construção de Escolas Sustentáveis.
Para a coordenadora de Educação Ambiental, Viviane Vazzi, a Educação Ambiental da Seduc foi criada de forma estratégica para articular junto às instituições o apoio a decisões relacionadas às questões ambientais.
“Nós trabalhamos agendas de formação da educação ambiental para professores e gestores na construção de Escolas Sustentáveis, apoiando as Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida nas escolas. Também com campanhas e construção de Plataforma Estadual de Educação Ambiental, no fortalecimento da construção da Política e Sistema Estadual de Educação Ambiental, com a execução de um Plano Plurianual, que é o planejamento orçamentário e o incentivo técnico aos municípios para gerarem política com metas, objetivos e indicadores”, afirmou Viviane Vazzi.
Além da Política Ambiental, o Maranhão foi o primeiro estado brasileiro a instituir o Sistema Estadual de Educação Ambiental, por meio da Lei Estadual n.º 9.279 de 20 de outubro de 2010, que normatiza e valoriza, articula coletivos e instituições, facilitando e organizando a gestão própria da educação ambiental.
A coordenação desta Política e Sistema é feita pelo Órgão Gestor, formado pela parceria entre Seduc, que cuida da educação ambiental formal, ou seja, nas escolas e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), responsável pela educação não formal, envolvendo coletivos da sociedade articulado as suas políticas ambientais.
Exemplo inspirador
A educação é libertária quando o indivíduo sai da apatia e toma consciência sobre o meio em que vive, agindo de forma individual e coletivamente. Para que o impacto da educação inspire o estudante, são necessários professores engajados no ensino.
É o caso de Paulo Ricardo Rubim, de 18 anos, ex-aluno do Educa Mais Profª Maria Pinho, bairro do Cohatrac, que cursa o terceiro período de Geografia na Universidade Federal do Maranhão (Ufma). O universitário, quando estava na escola, não tinha ideia de qual curso fazer quando chegasse a hora da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A perspectiva de Paulo Ricardo mudou quando conheceu a professora de geografia Avanne Dominici, que tem seu trabalho alicerçado na educação ambiental e no protagonismo juvenil; uma história de 16 anos de caminhada no ensino público. Segundo Paulo Ricarso, a professora, que ministrava Educação Ambiental, inclusive aos sábados, no Educa Mais Profª Maria Pinho, lecionava de maneira tão apaixonada que acabou o influenciando a querer ser geógrafo.
O ex-aluno do Educa Mais Profª Maria Pinho disse que antes de conhecer a educação ambiental não se importava com ações que prejudicavam o meio ambiente, porém, por meio das aulas da professora Avanne, passou a desenvolver sua percepção ambiental e desejou ser um professor parecido com ela.
“As aulas sobre educação ambiental me transformaram em um cidadão consciente e com senso crítico desenvolvido. Lembro que não gostava de assuntos relacionados ao meio ambiente, entretanto, quanto mais eu assistia as aulas, mais me apaixonava. Hoje, estudando geografia, quero fazer a mesma diferença na vida dos meus futuros alunos assim como minha professora fez na minha”, relatou Paulo Ricardo.
A professora Avanne Dominici, atualmente convidada a integrar a equipe da Coordenação de Educação Ambiental da Seduc, acredita que deve ser reforçado, dentro do ambiente escolar, o conceito de que cuidar do planeta a cuidar da vida, pois ela considera que somos todos interdependentes, um único organismo vivo que precisa de equilíbrio.
“O processo acontece por formar seres humanos para que, com início da vivência e do engajamento de escolas sustentáveis, venham ter uma atuação participativa no processo de desenvolvimento, a partir de sua relação com a natureza, considerando a realidade dos locais onde vivem e com consciência solidária e planetária”, ponderou a professora.
Fonte: Seduc
Texto: Lidya Lima
Foto: João Batista
27/04/2023
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