23/06/2023 12:42 am

Vice-governador Felipe Camarão se reúne com membros do Education New Zealand

Felipe Camarão com o embaixador do Brasil na Nova Zelândia, Marcos Arbizu

Nos últimos dias, o vice-governador e secretário de Educação do Maranhão, Felipe Camarão, esteve na Oceania, visitando países e estados daquele continente para conhecer as práticas educacionais aplicadas. Durante esse período, ele visitou instituições de ensino e se reuniu com órgãos governamentais e do setor privado, para tratar sobre parcerias na área da educação. Conversamos um pouco com ele para entender mais sobre o que motivou essa missão para o outro lado do mundo e que pode resultar de bom para a educação do Maranhão.

Entrevista Ping pong concedida ao Jornal O Imparcial 

Vice-governador, você passou alguns dias do outro lado do mundo. O que motivou essa missão para a Austrália e a Nova Zelândia?

Como se diz popularmente, fui “beber” diretamente da fonte nesses países e olhar de perto o que é feito de diferente lá para dar tão certo, uma vez que eles possuem excelentes indicadores educacionais. Foi uma missão realizada por determinação do governador Carlos Brandão, para que eu pudesse conhecer e avaliar o que podemos trazer para a educação maranhense, tais práticas que transformaram a educação na Nova Zelândia e na Austrália, e que podem nos ajudar a aprimorar nossos investimentos. Um ponto que me atraiu muito também foi todo trabalho que é feito em favor dos povos originários, principalmente na Nova Zelândia, que observei ser focada no biculturalismo que visa preservar a cultura e tradição Maori. Por onde passei, vi e senti o respeito pelos primeiros habitantes daquela terra e aproveitei para alinhavar parcerias entre nós, nossos indígenas e quilombolas, e entre a educação Maori. Podemos sim aprender com os outros, reviver e incentivar as tradições de nossa terra.

Durante esse período em que você passou pela Austrália e a Nova Zelândia, o que destacaria de interessante que é aplicado lá?

Os dois países são muito fortes no ensino vocacional focado para a empregabilidade. Milhares de jovens saem do colégio já aptos para o mercado de trabalho, porque tiveram na sua formação durante o que aqui conhecemos como “Ensino Médio”, disciplinas que o prepararam para o mercado de trabalho. Assim também como há diversas instituições de ensino profissional que ofertam cursos voltados para o mercado de trabalho, com um leque de opções que podem ser escolhidas dentro da vocação de cada pessoa. Isso me chamou muita atenção e observo que podemos sim trazer um pouco para cá, principalmente dentro da nossa experiência com o novo ensino médio, que atualmente passa por uma readaptação. Além disso, destaco o estímulo ao desenvolvimento de tecnologia dentro das escolas, onde podemos observar estudantes de 15, 16 anos programando. Isso é sensacional.

E no ensino superior, existe alguma novidade?

Outra coisa que me chamou bastante atenção foi o sistema de créditos aplicado lá. Aqui no Brasil estamos muito acostumados a ver esse sistema sendo aplicado nas faculdades e universidades, na educação superior. Contudo, visitei diversas instituições de ensino lá, que adotam essa modalidade, dentro da educação técnica. Por exemplo, um estudante que faz um curso técnico de cozinha, para sair com certificação mais rápida voltada para o mercado de trabalho. Se durante o seu curso ele resolve que aquela é uma profissão que ele quer buscar mais conhecimento e subir outros degraus dentro da carreira, ele pode aproveitar o que foi cursado até ali e levar para o ensino superior. Achei isso interessante demais e vejo que podemos sim tentar construir algo similar aqui na educação do Maranhão, dentro dos nossos Iemas e Uema, por exemplo. Já iniciarei as tratativas, por exemplo, com a reitoria da Uema, para que eu possa apresentar um pouco do que vi e possamos avaliar conjuntamente o que podemos adaptar para nossa realidade. Outra coisa que destaco é a forma como a indústria, o mercado de trabalho andam de mãos dadas com a academia. Visitei instituições, por exemplo, que recebem investimentos privados de indústrias, porque para elas interessa que os estudantes se desenvolvam em suas áreas de pesquisa, porque sabem que aquele profissional ao sair da academia chegará ao mercado de trabalho com muito mais soluções e inovações para o trabalho. Achei isso sensacional.

Na sua visão, por que a educação nesses países deu tão certo, atraindo, inclusive, estudantes do mundo inteiro para lá? O que é feito de tão diferente daqui?

Sabemos que a educação é um investimento que só dá retorno a médio e longo prazo, e isso acaba por não ser estimulante para muitos governantes sem visão. O que vemos em países desenvolvidos é que a educação é tratada como prioridade central há muito tempo, o que traz resultados em cadeia e com reflexo em tudo. Tenho muita fé que mesmo com passos mais lentos, nossa sociedade esteja caminhando para isso, para priorizar e investir cada vez mais na educação, e cabe a nós, gestores públicos, observar o que é feito de inovador, de diferente, e trazer para cá, afinal não precisamos inventar a roda o tempo todo, podemos muito bem adaptar o que já existe e que funciona muito bem.

Podemos esperar muita coisa boa então, a partir dessa sua imersão?

Estreitamos o relacionamento do Maranhão com a embaixada dos dois países, além de muitas portas que foram abertas, que possibilitarão o intercâmbio cultural e educacional entre nossos estudantes e povos originários. Preparei um relatório da minha missão para apresentar ao governador Carlos Brandão e tenho certeza de que ele, como um bom incentivador que é da educação, também ficará muito feliz com tudo que conheci e disposto a aprimorar para a nossa educação com essas experiências inovadoras.

Vice-governador Felipe Camarão em visita ao Manukau – Instituto de Tecnologia Te Pukenga

 

 

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