O Centro de Ensino de Apoio à Pessoa com Surdez (CAS) – Prof.ª Maria da Glória Costa Arcangeli agora é mais um Ponto de Inclusão Digital (PID) no Maranhão. O Programa Computadores para Inclusão é uma ação do Governo Federal, executada pelo Ministério das Comunicações (MCom), que promove a inclusão digital por meio da recuperação e reutilização de equipamentos eletrônicos, proporcionando acesso à tecnologia para diversas comunidades. No Maranhão, o programa conta com a parceria do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), que coordena o Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC) no estado e ministra as capacitações nos PIDs.
No CRC, computadores usados são restaurados e distribuídos para escolas, instituições sociais, associações comunitárias e projetos educacionais, garantindo infraestrutura tecnológica acessível e sustentável. A iniciativa tem também como eixo de atuação o fortalecimento e a democratização do acesso à informática, especialmente para públicos em situação de vulnerabilidade, como a comunidade surda atendida pelo Centro de Ensino de Apoio à Pessoa com Surdez.
A unidade de educação, vinculada à Secretaria de Estado da Educação (Seduc), recebeu recentemente a doação de 10 computadores recondicionados, ampliando a oferta do Curso de Informática Básica com acessibilidade em Libras e recursos adaptados. As atividades da terceira turma do curso iniciaram nesta segunda-feira (10), capacitando 20 alunos, entre surdos e ouvintes da comunidade, para o uso de ferramentas digitais essenciais.
A formação tem carga horária de 40 horas, distribuídas em 10 dias, e ocorrerão no Laboratório de Informática do CAS, equipado com softwares e aplicativos voltados para o aprendizado da comunidade surda. O curso será ministrado pelo professor do IFMA, João Vitor Sobral, com o suporte de intérpretes de Libras que já atuam no centro.
“O curso de informática básica, que é ofertado pelo CRC através do IFMA nos Pontos de Inclusão Digital, é voltado para fazer uma introdução nos conceitos iniciais de informática para que os alunos possam entender conceitos básicos como software e hardware. Posteriormente, adentraremos ao conceito de Internet, embora muito difundida entre os alunos através das redes sociais e aplicativos de comunicação na palma da mão, muitos deles não têm esse conhecimento técnico. Então, iniciamos uma base teórica, avançando para a prática, assim eles aprenderão mais sobre armazenamento em nuvem, programas de escritório, possibilitando uma formação mais completa e preparando-os para o Mundo do Trabalho,” ressaltou João Vitor Sobral, durante a aula inicial do curso.
Dentre os conteúdos abordados, os alunos terão acesso a noções sobre segurança digital, videoconferências, editores de texto, planilhas e o uso de plataformas digitais. Todo o material foi adaptado para garantir uma experiência acessível e inclusiva aos participantes.
CAS: referência na educação para surdos
Com 22 anos de atuação, o CAS desempenha um papel fundamental na educação inclusiva do Maranhão, atuando na promoção do bilinguismo de qualidade para todos os estudantes surdos matriculados na Rede Pública Estadual de Ensino. Além dos cursos de Libras para surdos e ouvintes, a instituição oferece apoio pedagógico especializado às escolas de São Luís e promove formação continuada para professores instrutores e intérpretes de Libras.
A ampliação da inclusão digital no CAS reforça o compromisso da Seduc em garantir mais acessibilidade e autonomia à comunidade surda, por meio da tecnologia e da educação.
Projeto CASpacita
Com o objetivo de ampliar a qualificação de professores e profissionais da educação para o atendimento de estudantes surdos em todo o estado, o CAS lançou também, no início de fevereiro, o Projeto CASPacita. A iniciativa oferecerá formação à distância, por meio do Google Classroom, alcançando as Unidades Regionais de Educação (UREs) e fortalecendo a inclusão nas escolas maranhenses.
A capacitação contará com três turmas de 30 alunos e terá 120 horas de duração, com início nesta terça-feira (11). O projeto inclui os cursos de Libras Básico, Formação em Atendimento Educacional Especializado (AEE) e Formação de Tradutores e Intérpretes de Libras, abordando práticas pedagógicas acessíveis e metodologias inclusivas.
Todos os participantes receberão certificação pelo CAS, ampliando as oportunidades de formação continuada para profissionais da rede pública de ensino e reforçando o compromisso da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) com a acessibilidade e a inclusão escolar.
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